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– 10-12-2006 |
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Aquacultura: Investiga��o aposta em mais especies mas "esquece" consumidoresA criação de peixes e bivalves em regime de aquacultura � um sector em crescimento e visa novas especies mas os estudos sobre o consumidor portugu�s ainda são praticamente inexistentes, reconheceram especialistas. Come�ando por afirmar que "a aquacultura não � um substituto mas um complemento da pesca", Maria Teresa Dinis, do Centro de Ci�ncias do Mar do Algarve, congratulou-se por, em 2003, este sector ter sido um dos que "mais cresceu". A nível. mundial, "a aquacultura registou, em 2003, um crescimento de 6,8 por cento, ficando � frente da avicultura (4,1 por cento), das pescas (3,2 por cento) e da suinicultura (3,1 por cento)", sublinhou a coordenadora da equipa de aquacultura do Centro. Mesmo assim, em 2004, "o total de produ��o nacional destas especies foi de sete mil toneladas, o que ainda � muito pouco", assinalou a especialista, segundo a qual são criados em regime de aquacultura em Portugal "o robalo e a dourada, a truta, a am�ijoa e algumas ostras". De acordo com Teresa Dinis, "o pargo e o sargo são especies a introduzir no futuro, bem como o goraz, que está a ser objecto de trabalhos de investiga��o entre Portugal e a Galiza, o mesmo sucedendo com o linguado, que ainda não está a ser produzido massivamente". Florbela Soares, investigadora do Projecto Reprosol, do Programa Mare, lan�ado pela Direc��o Geral das Pescas e Aquicultura, acrescentou � lista "o rodovalho, um peixe plano como o linguado", e referiu estudos acerca da corvina, "para a introduzir a longo prazo". Por seu turno, Maria Leonor Nunes, engenheira do Instituto de Investiga��o das Pescas e do Mar (Ipimar), destacou � Lusa a produ��o de bivalves como "a conquilha e a lamejinha ou os mexilh�es criados no estu�rio do Tejo". Uma diversidade de especies para corresponder "� crescente procura dos portugueses", embora continue por estudar o universo e as caracterásticas dos consumidores, como indicou Jorge Dias, que se deu conta desta lacuna ao preparar a sua interven��o nas Jornadas de Aquacultura, realizadas teráa-feira na Universidade do Algarve. Com vista � sua comunica��o, o investigador procurou em v�o dados sobre o consumidor portugu�s: "Se os h�, estáo mal divulgados e eu vi-me obrigado a extrapolar conclus�es a partir de estudos europeus que inclu�am os nossos vizinhos espanh�is, que julgo terem h�bitos semelhantes aos dos portugueses", referiu. Também Maria Teresa Dinis considerou fundamental "fazer estudos que permitam saber o que � que o consumidor deseja nesta área", sobretudo num momento em que o consumo está a aumentar, "havendo até importa��o de salm�o, criado em �guas muito frias, ou de am�ijoa vietnamita", como sublinhou Leonor Nunes. Para a engenheira do Ipimar, a aproxima��o ao consumidor passa Também "por tornar os produtos mais apelativos, nomeadamente disponibilizando o peixe j� pronto a cozinhar, em filetes ou postas, o que � mais adequado ao ritmo de vida actual". Outra barreira que pode dificultar o interesse dos consumidores � o pre�o dos peixes e bivalves criados em viveiro. "J� se produzem algumas especies em cativeiro com as dimens�es pretendidas pelo mercado mas essas especies t�m, regra geral, um custo elevado, pois de outro modo não se justificava investir na sua produ��o", esclareceu Florbela Soares. Apesar disso, argumentou Teresa Dinis, "a aquacultura p�s muita gente a consumir especies que antes eram proibitivas, caso do salm�o, cuja criação em cativeiro na Esc�cia e na Noruega permitiu uma substancial redu��o no pre�o de venda ao público".
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