Os valores apurados pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) confirmam a tendência publicada em julho na previsão de vindima emitida, em que se estimava um aumento de 8% na colheita, relativamente à anterior campanha.
Os dados recolhidos nas Declarações de Colheita e Produção atestam um crescimento do volume, com um total de 7,5 milhões de hectolitros (hl), representando um acréscimo de 10% face à campanha 2022/2023. Em comparação com a média das cinco campanhas anteriores, verifica-se um aumento de produção de 13%.
Na generalidade, as produções por região registam um aumento de produção, face à campanha anterior, com destaque para as regiões dos Açores, de Lisboa, da Bairrada e de Trás-os-Montes, que apresentaram acréscimos superiores a 20%.
As regiões dos Verdes e da Beira Interior, contrariando as previsões de julho, evidenciam quebras de produção de 8% face a 2022/2023.
As produções declaradas como aptas a Denominação de Origem (DO) e Indicação Geográfica (IG) continuam dominantes, atingindo nesta campanha 91% da produção nacional.
Em linha com o verificado nos últimos anos, é predominante a produção de vinhos tintos, representando 59,6% do total produzido. O volume dos vinhos brancos, ligeiramente acima dos 2,5 milhões de hectolitros, tem um peso de 33,8% na produção nacional e os vinhos rosados de 6,7%.
De entre os fatores responsáveis por este aumento destacam-se a reduzida ação das pragas e doenças ao longo do ciclo vegetativo, e a produção proveniente de novas plantações de vinha.
Fonte: IVV