Projeto de mobilidade animal incubado na Casa do Impacto propõe-se a regenerar solos, reduzir custos da atividade pecuária e prevenir incêndios com gado.
Engenheiro zootécnico, instrutor de surf, tratador zoológico e driver de churrasqueira é tudo o que um empreendedor pode ser. Durante as entregas que fazia pela zona de Mafra, João Xavier começou a reparar que grande parte dos terrenos não tinham qualquer tipo de gestão e que as explorações animais eram de pequena dimensão e sem margem de rotatividade para pasto. Em meados de 2021, equacionou uma forma de mudar esta realidade: a solução passaria por transportar animais de propriedade em propriedade. Em causa estaria não só a valorização do recurso, através da atribuição de outras funções além da produção alimentar, como também a redução do custo da atividade pecuária, a prevenção de incêndios e uma gestão regenerativa dos solos.
A Animob, nome atribuído ao projeto, que ainda se encontra em fase de teste, propõe-se a fazer a mudança num “setor bastante resiliente, que precisa de ganhar noção” de que o caminho faz-se em direção à sustentabilidade, diz o seu fundador, em entrevista ao Dinheiro Vivo, destacando que “os animais são máquinas de limpeza que não estamos a aproveitar”. Empresas de exploração vegetal, agrícola e energética são os potenciais clientes.
O objetivo é fazer um “mapeamento de todas as explorações agropecuárias da região […]