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– 01-05-2005 |
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Angola apenas utiliza quatro por cento do seu potencial hidroel�ctricoLuanda, 30 Abr "Os empreendimentos hidroel�ctricos existentes em Angola geram apenas uma pequena parcela do real potencial do país, estando a ser usados apenas quatro por cento do seu potencial hidroel�ctrico", refere o relatério final do projecto de �Avalia��o R�pida dos Recursos H�dricos e Uso da �gua em Angola�. O relatério destaca a situa��o do rio Cuanza, que representa 45 por cento do potencial hidroel�ctrico do país, onde estáo a funcionar apenas dois dos 11 aproveitamentos hidroel�ctricos planeados para aquele curso de �gua, que permitiriam produzir 30.000 GWh/ano. No sistema de abastecimento da regi�o norte estáo a funcionar as barragens de Cambambe e Capanda, ambas no rio Cuanza, e a barragem das Mabubas, no rio Dande, enquanto no sistema central produzem energia as barragens do Lomaum e do Bi�pio, ambas no rio Catumbela. No sistema sul existem as barragens da Matala, no rio Cunene, e do Gove, Também no rio Cunene. O país conta ainda com mais quatro centrais hidroel�ctricas de pequena escala, nos rios Luquixi (U�ge), Cunge (Bi�), Cuito (Bi�) e Cuando (Huambo). O relatério de �Avalia��o R�pida dos Recursos H�dricos e Uso da �gua em Angola� está integrado no projecto NAWASMA, de gestáo do sector nacional das �guas, que está a ser implementado desde 2000 numa coopera��o entre a Direc��o Nacional de �guas do Ministério da Energia e �guas de Angola e a Direc��o de Recursos H�dricos e Energia da Noruega. A avalia��o agora divulgada foi feita pela empresa norueguesa de consultadoria SWECO Groner, tendo por objectivo melhorar a gestáo dos recursos h�dricos angolanos. Os avaliadores salientam, no entanto, que não � poss�vel conhecer com precisão todo o potencial dos recursos h�dricos angolanos devido � falta de dados. "Quase todas as 189 esta��es hidrom�tricas que estavam em opera��o na altura da independ�ncia de Angola, em 1975, foram abandonadas durante os anos da guerra civil", assinala o relatério. A maioria dos rios de Angola nasce nas montanhas centrais e desagua no oceano Atl�ntico ou no rio Congo, com um escoamento anual estimado em cerca de 140 quil�metros c�bicos. No total, o país possui 77 bacias hidrol�gicas, com cinco áreas principais de escoamento, sendo a mais importante a do Atl�ntico, que representa 41 por cento da superf�cie do país. As restantes são as do Congo (22 por cento), Zambeze (18), Okavango (12) e Etosha (4), segundo o estudo dos especialistas noruegueses. Numa altura em que a escassez de �gua � um problema a nível. mundial, a riqueza dos recursos hidrol�gicos de Angola está patente no facto de apenas se prever um d�fice no uso futuro de �gua em 19 das 77 bacias hidrogr�ficas existentes no país. Por outro lado, o estudo revela que o potencial das �guas subterr�neas "� suficiente para fornecer �gua � maioria das vilas das zonas rurais de Angola". "A actual procura de �gua nas zonas rurais não ultrapassa 30 litros por dia e por pessoa, pelo que o volume necess�rio para abastecer uma vila de 1.000 habitantes pode ser alcan�ado perfurando poucos po�os", l�-se no documento. Relativamente ao uso de �gua para a agricultura, o estudo considera que "Angola tem um enorme potencial para a intensifica��o das actividades agr�colas", mas salienta que "essa intensifica��o terá necessariamente que passar pelo desenvolvimento da irriga��o". Angola possui actualmente 340.478 hectares de terrenos agr�colas irrigados ou parcialmente irrigados e outros 783.338 hectares em reabilita��o ou planificados para irriga��o, totalizando cerca de 1,1 milh�o de hectares de terrenos irrigados para agricultura. "Em teoria, parece poss�vel irrigar quase dois milhões de hectares em Angola com uma média anual de 15 mil metros c�bicos por hectare", admite o estudo, numa refer�ncia ao valor estimado pela estratégia regional da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da �frica Austral) como necessidade l�quida anual para irriga��o.
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