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– 11-03-2004 |
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Ambiente : Aumento de CO2 afecta equilíbrio da floresta amazónica Paris, 10 Mar Uma equipa de investigadores brasileiros e norte-americanos estudou o crescimento de cerca de 14.000 árvores, repartidas por 18 parcelas de um hectare (dispersas por um total de 300 quilómetros quadrados) na zona central da floresta amazónica entre 1980 e 2000. Cada árvore foi cuidadosamente marcada e medida com 15 anos de intervalo, em média. As árvores absorvem o gás carbónico no processo da fotossíntese e numerosos estudos já mostraram um crescimento maior das florestas sob o efeito do aumento de CO2. Mas este crescimento não é uniforme, revela o estudo da edição de quinta-feira da revista científica britânica Nature. Nas 115 espécies de árvores mais presentes, 27 mudaram de forma significativa, em densidade de população ou em ocupação do solo. Nessas 115 espécies, 13 ganharam em densidade (14 regrediram) e 14 aumentaram o seu domínio no solo. "Há claramente ganhadores e perdedores", comentou Alexandre Oliveira, da Universidade de São Paulo, num texto que acompanha o estudo na Nature. "Em geral, as grandes árvores de crescimento rápido ganham em relação às árvores mais pequenas, que vivem na vegetação rasteira". Segundo os investigadores, a concentração de CO2 provoca uma competição mais intensa pela luz, a água e os nutrientes do solo. Neste fenómeno, as árvores mais rápidas ganham vantagem em relação às mais lentas e as mais pequenas. E este declínio das árvores mais pequenas, as únicas capazes de florir e de se reproduzir na sombra das gigantes, pode tornar-se preocupante por abrigarem imensas espécies animais e vegetais, segundo os investigadores. "É um pouco assustador constatar mudanças tão importantes e rápidas na floresta", comentou William Laurance, do Smithsonian Tropical Institute do Panamá, que coordenou a equipa. "A floresta tropical dá abrigo a numerosas espécies muito especializadas. Se a diversidade das árvores for modificada, as espécies que elas abrigam, e nomeadamente os insectos que polinizam as árvores vão também mudar", acrescentou. A concentração de CO2 na atmosfera aumentou 30 por cento nos dois últimos séculos, devido à utilização maciça das energias fósseis (carvão, petróleo, gás) pelo homem. As modificações reveladas pelo estudo, além do seu impacto na biodiversidade, poderão ter consequências nas alterações climáticas, já que a floresta amazónica desempenha um papel de "poço" de carbono, ao armazenar o CO2 nas suas árvores em crescimento.
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