A investigação envolveu cruzamentos entre uma variedade de tomate selvagem do Peru muito resistente a condições extremas e uma cultivar comercial comum amplamente cultivada na região. A ideia era identificar partes específicas do genoma que aumentam o rendimento e a resistência à seca.
Um estudo desenvolvido por investigadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, publicado na revista revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS), revelou que duas áreas distintas no genoma da planta desempenham um papel fundamental no aumento substancial da produção global de tomate, tanto em condições normais como em situações de seca, com um incremento que varia entre 20% e 50%. Além disso, o tamanho geral da planta também obteve melhorias significativas.
Uma das investigadoras que liderou o estudo, Shai Torgeman, destacou a economia significativa de água alcançada com esta variedade em comparação com as variedades tradicionais. “As variedades comerciais de tomate cultivadas em campo aberto, que se encontram nos supermercados, exigem uma média de 2000 litros por hectare em cada campanha. No nosso estudo, cortámos essa quantidade de água para metade e obtivemos ótimos resultados”.
Espera-se que esta nova variedade de tomate chegue às prateleiras dos supermercados num futuro próximo e seja amplamente utilizada no processamento de tomate para a produção de ketchups e molhos.”
Investigadores em todo o mundo estão tentar encontrar soluções numa série de outras culturas agrícolas como cebola, alho e várias frutas e vegetais, que também estão a sofrer quebras de produção devido a anos sucessivos de más condições climatéricas.
Mais informações na edição de Outubro da revista Vida Rural.
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.