|
|
|
|
|
|
|
|
– 11-09-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Altera��es clim�ticas: Portugueses pouco sensibilizados para o problemaLisboa, 11 Set A ante-estreia em Portugal do document�rio "Uma Verdade Inconveniente" está marcada para teráa-feira, em Lisboa, e vai ser seguida de um debate sobre o aquecimento global do planeta. "O Governo e as pessoas não estáo sensibilizados para este problema. Ao longo dos anos, constru�ram-se quil�metros de auto-estradas, mas manteve-se na liga��o ferrovi�ria Lisboa-Porto a mesma velocidade que tinha h� 20 anos. O país apostou massivamente nos autom�veis quando os transportes são os principais respons�veis pelo aumento das emissões de gases com efeito de estufa", lamentou. O actual respons�vel pelo Centro de Estudos em Economia da Energia, dos Transportes e do Ambiente (CEETA) sublinhou ainda que "Portugal � extremamente vulner�vel �s altera��es clim�ticas". "Por um lado, porque temos uma enorme linha de costa, onde se concentra a maior parte da popula��o portuguesa, por outro, porque se encontra na transi��o de dois sistemas clim�ticos – Atl�ntico e Mediterr�neo – que v�o exacerbar os efeitos da variabilidade do clima", salientou. O ex-governante alertou igualmente para os "efeitos catastr�ficos" das altera��es clim�ticas, salientando que podem envolver a desloca��o de um n�mero significativo de pessoas e t�m impactos significativos na agricultura, turismo e ind�stria. Em declarações � agência Lusa, Carlos Pimenta elogiou o filme de Al Gore, sublinhando que "apresenta o problema de forma muito directa, fazendo passar a mensagem de forma visual e acess�vel aos leigos". "O Al Gore tem vindo a alertar para esta questáo h� muitos anos, considerando que as altera��es clim�ticas são o maior problema da humanidade", afirmou. Também o especialista em altera��es clim�ticas Filipe Duarte Santos enalteceu as imagens do filme, "que mostram o que está a acontecer no planeta, como o recuo dos glaciares, o derretimento da neve nas montanhas, a subida do nível. do mar e os fen�menos clim�ticos extremos como as secas e as inunda��es". Filipe Duarte Santos, que liderou o projecto SIAM (Altera��es Clim�ticas em Portugal: Cen�rios, Impactos e Medidas de Adapta��o), frisou que apesar das altera��es clim�ticas s� fazerem sentir os seus efeitos a m�dio e longo, a situa��o será irrevers�vel se nada for feito para combater as emissões de gases e a desflorestação. Portugal, por exemplo, terá de se confrontar com a subida "preocupante" do nível. do mar, o aumento das temperaturas médias e a maior frequ�ncia de fen�menos extremos, como a seca. Em Julho, o relatério internacional divulgado pelo Worldwatch Institute sobre o aumento das temperaturas indicava que cinco dos �ltimos oito anos foram os mais quentes desde 1880. Na mesma altura, Filipe Duarte Santos revelava que a temperatura média em Portugal havia aumentado 1,5 graus nos �ltimos 30 anos. O especialista sugeriu ainda que "Portugal deveria adoptar uma estratégia de adapta��o �s altera��es clim�ticas porque, tal como os outros países do Sul da Europa, � particularmente vulner�vel". J� em Maio, numa confer�ncia em Lisboa, a respons�vel pela unidade da Organiza��o Mundial da Saúde para as altera��es clim�ticas tinha alertado que, com o agravamento das altas temperaturas, deveria subir a mortalidade associada ao calor em Portugal. O cen�rio, assumido por Bettina Menne como uma das piores hip�teses, referia-se a projec��es para 2020, e indicava um aumento para entre 5,8 e 15,1 �bitos por cada cem mil pessoas, tendo como base os actuais n�veis de mortalidade, que se situam entre 5,4 e seis por cada cem mil habitantes. O visionamento do filme de Al Gore, teráa-feira, vai ser seguido de um debate que conta com a participa��o de Filipe Duarte Santos, de Francisco Ferreira, da direc��o nacional da associa��o ambientalista Quercus, e do secret�rio de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.
|
|
|
|
|
| Produzido por Camares � – � 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolu��o 800 x 600 e 16 bits |
