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– 25-10-2012 |
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Alimentos transgúnicos: Seis Academias cient�ficas Francesas comentam publicação sobre toxicidade dos OGM
O CiB � Centro de Informação de Biotecnologia vem divulgar uma tradu��o do Comunicado de Imprensa das Academias Nacionais Francesas de Agricultura, Medicina, Farm�cia, Ci�ncia, Tecnologia e Veterin�ria sobre a recente publicação do S�ralini et al. relativa � toxicidade dos organismos geneticamente modificados. Do parecer das academias francesas real�a-se: As seis academias acreditam que, devido �s muitas defici�ncias na metodologia e interpreta��o dos dados apresentados neste artigo, não � poss�vel impugnar outros estudos que conclu�ram anteriormente pela segurança sanit�ria do milho GM NK603. Este trabalho não permite qualquer conclusão confi�vel. A manipula��o da reputa��o de um cientista ou de uma equipa de investiga��o � um erro grave quando ajuda a espalhar temores, sem qualquer base estabelecida, para o público em geral. As (Estas) condi��es de distribui��o para a imprensa, sem qualquer oportunidade de comentar conscientemente não são eticamente correctas. Resumo do comunicado de imprensa das seis AcademiasAs Academias Nacionais de Agricultura, Medicina, Farm�cia, Ci�ncia, Tecnologia e Veterin�ria tomaram consci�ncia, ao mesmo tempo que o público em geral, do artigo da equipa de Gilles-Eric Seralini recentemente aceite para publicação na revista Food and Chemical Toxicology, onde se relata um resultado t�xico e carcinogúnico significativo, em ratos, resultante do consumo de milho GM NK 603, ou da exposi��o a doses baixas do herbicida Roundup, ao qual o milho GM NK 603 � resistente. As seis academias acreditam que, devido �s muitas defici�ncias na metodologia e interpreta��o dos dados apresentados neste artigo, não � poss�vel impugnar outros estudos que conclu�ram anteriormente pela segurança sanit�ria do milho GM NK603 e de uma maneira geral das plantas geneticamente modificadas, cujo consumo por animais ou seres humanos esteja autorizado. Resumindo a análise apresentada em maior detalhe pelas Academias verifica-se que, neste trabalho, a concep��o do plano experimental � insuficiente, em muitos aspectos, os m�todos tradicionais de estatéstica não foram utilizados relativamente � ocorr�ncia tumores, a escolha dos animais utilizados para esta experi�ncia � questionível., e, finalmente, elementos quantitativos essenciais para a interpreta��o dos resultados não foram tidos em conta. A análise convencional estatéstica dos resultados, tal como foram apresentados no artigo, mostra que não h� diferen�as significativas entre os grupos de ratos em estudo relativamente � ocorr�ncia de tumores devido ao OGM resistentes ao Roundup, ou � sua associa��o, o que contradiz o que o texto dos autores sugere. Por conseguinte, este trabalho não permite qualquer conclusão confi�vel. � raro um evento não-cient�fico desta natureza despertar paix�es em Fran�a e até mobilizar t�o rapidamente os membros do Parlamento. A manipula��o da reputa��o de um cientista ou de uma equipa de investiga��o � um erro grave quando ajuda a espalhar temores, sem qualquer base estabelecida, para o público em geral. além do julgamento do m�rito do conte�do do artigo em questáo, a forma da sua comunica��o levanta muitas questáes, incluindo a sa�da simult�nea de dois livros, um filme e um artigo cient�fico, com a exclusividade do conte�do a um jornal seman�rio, sujeito a uma cl�usula de confidencialidade, inclusive para investigadores, e uma confer�ncia de imprensa. Estas condi��es de distribui��o para a imprensa, sem qualquer oportunidade de comentar conscientemente não são eticamente correctas. Pode-se ainda questionar a aus�ncia de declara��o de conflito de interesses por S�ralini e seus colaboradores, quando se sabe do seu compromisso ambiental e do apoio financeiro recebido por grandes grupos de distribui��o. As Academias estáo surpreendidas com o facto de o artigo ter sido aceite para análise e lembram que a publicação de um artigo numa revista cient�fica com revisores não �, em si, uma garantia de qualidade cient�fica. Alguns artigos publicados em revistas internacionais, incluindo as mais famosas, são de m� qualidade e são por vezes retractados. As Academias lembram que � natural que se proceda � luz da evolu��o dos conhecimentos e desenvolvimento de t�cnicas, reavalia��es peri�dicas dos procedimentos utilizados para detectar qualquer poss�vel toxicidade e / ou a carcinogenicidade dos alimentos. Tirando as primeiras li��es da emo��o suscitada pela publicação do S�ralini e seus associados, as seis academias: esperam que as universidades e institutos públicos de investiga��o introduzam disposi��es �ticas em rela��o � comunica��o dos resultados cient�ficos, relativamente � sua distribui��o pelos meios de comunica��o e pelo público em geral, de modo a evitar que os investigadores prefiram o debate medi�tico que deliberadamente suscitam, em rela��o ao debate cient�fico que o deve necessariamente preceder, no seio da comunidade cient�fica; prop�em que o presidente do Conselho Superior de Audiovisual nomeie uma Comissão de Alto nível. de Ci�ncia e Tecnologia para o informar, numa uma base regular, de como são tratadas as questáes cient�ficas pelos actores da comunica��o audiovisual; pedem aos poderes públicos e ao governo que tudo fa�am para repor o cr�dito na experi�ncia colectiva e na palavra da comunidade cient�fica, a qual merece toda a confian�a, muitas vezes negada, quando todos concordam que o futuro da Fran�a depende, em parte, da qualidade da sua investiga��o. Fonte: CiB
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