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– 14-05-2005 |
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Algarve: Produtores florestais ainda não receberam ajudas pelos inc�ndios de 2004Faro, 14 Mai "Tivemos a visita do Presidente da República, do primeiro-ministro, mas ajudas concretas derivadas dos inc�ndios ainda não chegou nada", disse � Lusa Gilberto Pereira, vice-presidente da Associa��o de Produtores Florestais da Serra do Caldeiráo. Também Manuel Dias, 83 anos, agricultor, assegurou que "não recebeu nenhum apoio" e que j� perdeu as ilus�es em vir a receber o que quer que fosse. "J� não tenho esperan�a de vir a receber", confessou o agricultor algarvio, observando que os prometidos 10 euros de ajuda aos agricultores por cada oliveira plantada não bastam para "comprar, plantar e regar" uma �rvore. Em Janeiro deste ano, contudo, o ent�o ministro das Cidades, Jos� Lu�s Arnault, deslocou-se ao Algarve e anunciou que estavam dispon�veis 46 milhões de euros para ajudar as v�timas dos inc�ndios do Ver�o passado e que a maior fatia do or�amento se destinaria � agricultura. Produtores e agricultores do Caldeiráo denunciam que além dos milhares de sobreiros e medronheiros destru�dos pelas chamas em 2004, Também a produ��o de corti�a (fonte de receitas importantes na regi�o), mel, medronho e a fauna aut�ctone foram gravemente atingidos. "Isto � uma tristeza", lan�a um agricultor de Barranco do Velho. "� uma escurid�o que nem d� vontade de olhar", lamenta, referindo-se aos sobreiros negros que combinam com a sua roupa preta e com a barba por fazer. O cheiro a eucalipto e o despontar do verde que renasce nos novos arbustos e nas �rvores que escaparam �s chamas são um engano para os visitantes mais desatentos, pois quem vive no cora��o da serra algarvia s� v� uma mancha negra em redor. S� nos concelhos de Loul�, Tavira e são Br�s de Alportel foram atingidos 20 mil hectares de sobreiros e arderam 65 mil toneladas de corti�a. "O �nimo anda p�ssimo", desabafou Gilberto Pereira, Também produtor de corti�a, admitindo que se j� � triste viver ao lado da negrid�o das cinzas, a depressão aumenta ao ver morrer os sobreiros resistentes da doen�a que atinge as ra�zes daquela esp�cie protegida por lei. "As �rvores Também estáo a morrer por causa de fungos", disse Gilberto Pereira, mencionando que a juntar-se ao panorama desolador, o �xodo rural e o envelhecimento da popula��o se mant�m na Serra do Caldeiráo. O vice-presidente da Associa��o dos Produtores Florestais da Serra algarvia do Caldeiráo contou que a �nica ajuda concreta depois dos inc�ndios de 2004 foram os oito euros pela arroba de corti�a. "Salvo os oito euros por arroba (15 quilos) para tirar a corti�a queimada dos sobreiros e que foi publicado em portaria, não chegou nenhuma ajuda pela via dos inc�ndios", concretizou Gilberto Pereira. A par dos inc�ndios e da seca severa registada este ano, o que impossibilita a reflorestação, Gilberto Pereira lembrou ainda que o pre�o da corti�a baixou em 40 por cento, o que vai prejudicar ainda mais a subsist�ncia da muita popula��o. As principais causas da perda de valor da corti�a são a "crise econ�mica internacional" e exist�ncia de "suced�neos da rolha de corti�a", explicou Gilberto Pereira. At� ao final de Setembro do ano passado tinham ardido no Algarve 30.678 mil hectares, valores que correspondem a 27 por cento da área ardida no Pa�s inteiro, segundo dados da Direc��o Geral dos Recursos Florestais.
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