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– 08-08-2004 |
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Algarve : Produção de abacate e outros frutos tropicais custa a ganhar raízesFaro, 08 Ago Segundo os especialistas, a região algarvia é a única no continente português com condições para cultivar frutos sub-tropicais, principalmente na faixa litoral, pela aptidão do clima, pouco húmido, e pela existência de solos pouco calcários e com boa drenagem. Contudo, dizem, não existe ainda na região uma estrutura organizativa que permita comercializar este tipo de frutas e, ao facto dos agricultores algarvios ainda não terem despertado para este tipo de "cultura alternativa", acresce a dificuldade em escoar os produtos para o mercado. De acordo com o director de serviços da Direcção Regional de Agricultura no Algarve (DRAALG), o problema reside essencialmente na falta de iniciativa dos produtores em cultivar áreas de grandes dimensões (1.000 hectares e mais). "A lavoura ainda não está suficientemente organizada para concentrar a produção e embalar os produtos para venda", diz João Costa, acrescentando que o agricultor algarvio "não tem dinâmica comercial nem organizativa". Por outro lado, "as grandes superfícies [comerciais] exigem determinadas quantidades que nós ainda não temos", além de que os preços de transporte e distribuição da fruta seriam muito menores caso houvesse grandes quantidades para escoar, acrescenta o responsável. Atenta às potencialidades da região nesta área, a DRAALG criou, em 1986, um centro de experimentação horto- frutícola com o objectivo de ensaiar espécies de frutos sub- tropicais antes de as divulgar junto dos agricultores. Ali são cultivados abacates, bananas, anonas, goiabas, papaias e, mais recentemente, mangas. O abacate encabeça a lista como o fruto sub-tropical que mais se cultiva na região algarvia (em 2002 havia uma área de 188 hectares de abacateiros), seguido da manga e da banana. De acordo com dados fornecidos pela DRAALG relativos a 2002, nesse ano produziram-se na região 1.693 toneladas de abacate, 466 toneladas de manga e 438 toneladas de banana. A goiaba e a papaia ainda são produzidas em pequenas quantidades, rondando, naquele ano, as 64 e as 112 toneladas, respectivamente. Segundo explicou o director de serviços da Direcção Regional de Agricultura, o abacate é o fruto com mais saída porque, além de ser de fácil armazenamento, depois de maduro pode ficar na árvore dois meses ou mais, o que faz com que seja mais facilmente comercializado. Contudo, o mercado de frutos sub-tropicais no Algarve não está a ser devidamente explorado, razão que, segundo o técnico, se deve também "à falta de estratégia regional e nacional em pôr as pessoas a consumir este tipo de produtos". "Os hábitos alimentares para este tipo de frutas são diferentes dos tradicionais. As pessoas estão habituadas a comer laranjas todos os dias, mas não consomem sempre abacates", afirma. De acordo com aquele engenheiro, estas culturas exigem um grande rigor e quando são feitas em locais inadequados podem revelar-se um insucesso e desmotivar outros agricultores a seguir o exemplo. "Há muitos agricultores a cultivar este tipo de frutos por sua própria conta e risco, mas o problema é que estas são culturas a requerer cuidados muitos especiais, e se não forem bem feitas podem gerar a desconfiança no seio dos agricultores", afirma. Por isso, diz, torna-se essencial que os agricultores procurem obter o máximo de informação possível acerca dos frutos que pretendem cultivar, serviço que DRAALG vem disponibilizando há quase duas décadas.
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