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– 02-07-2012 |
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Alentejo: Praga de lagartas-do-sobreiro está a impedir extrac��o de corti�a
várias dezenas de hectares de montado nos concelhos de Odemira, Santiago do Cac�m e Sines estáo a ser afectadas por uma praga de lagartas-do-sobreiro, que impede que a corti�a seja extra�da das �rvores. Ant�nio Oliveira, propriet�rio da Herdade da Moitinha (Odemira), � um dos prejudicados, pois terá de deixar, nos seus sobreiros, entre 1.500 e 1.700 arrobas de corti�a em condi��es de ser comercializada. O produtor decidiu "não descorti�ar" as �rvores, para não as debilitar mais, embora não tivesse recebido aconselhamento dos serviços florestais nesse sentido. Para Ant�nio Oliveira, trata-se de um preju�zo "grande", j� que "o dinheiro fica a fazer falta para o maneio". No final do m�s de Maio, o produtor detectou lagartas nas �rvores, as quais, �rapidamente e sem explica��o�, deram origem a uma praga. �Passados alguns dias, j� isto era como fogo�, descreveu. Francisco F�lix, t�cnico agr�rio e produtor de sobreiros, disse que se trata de uma "lagarta que danifica muito o sobreiro": "Comem a folha e depois o sobreiro fica como se tivesse passado um inc�ndio. não h� vegeta��o na �rvore, a �rvore não cresce, a corti�a não engrossa e a produ��o de lande não existe. A lagarta come tudo", resumiu. Também Teresa Varela, propriet�ria de mais de cem hectares de montado de sobreiro naquela regi�o, deu conta desta praga que foi inicialmente detectada numa área de cerca de 1.200 hectares de sobreiro, mas que, em meados de Junho, estava j� em 3.000 hectares. No in�cio de Junho, Teresa Varela tentou organizar os propriet�rios com áreas afectadas pela praga para que, em conjunto, se candidatassem a um financiamento do ProDeR (Programa de Desenvolvimento Rural), que financia 80 por cento dos custos do combate da praga a partir dos 5.000 euros. No entanto, explicou, "h� propriet�rios que não tem dimensão para se candidatarem ao apoio do ProDeR, outros não quiseram candidatar-se seja porque raz�o for e isso inviabilizou a candidatura, enquanto grupo". Teresa Varela, que tem mantido contactos com o Ministério da Agricultura, contou ainda que este ano não foi poss�vel avan�ar com a candidatura ao ProDeR com os 19 propriet�rios afectados, mas disse que � importante que, para o ano, j� seja poss�vel formalizar uma candidatura com todos os propriet�rios afectados, "que seráo j� cerca de 50". Fernando Rei, da Universidade de �vora, explicou agência � Lusa que "a dimensão dos estragos associados a insectos que atacam as folhas e depende muito da dimensão das suas popula��es presentes nas �rvores" e que "� medida que essa presença se intensifica, maior será o consumo das folhas, contribuindo para o enfraquecimento das �rvores, reduzindo o seu crescimento e a produ��o de corti�a e bolotas". No entanto, acrescentou o professor, "a morte das �rvores atacadas s� ocorrer� sob grandes ataques da limantria e � posterior ac��o de outras pragas e doen�as". O Ministério da Agricultura, por seu lado, explicou que se trata de uma praga end�mica nos montados portugueses cujas popula��es aumentam em anos como o de 2012, "em que ocorreu um período de seca intenso durante os meses de Janeiro, Fevereiro e Março, tornando mais vis�veis os seus ataques, assim como mais graves os danos que causam". No entanto, esclarece a tutela, não se trata de um organismo nocivo de quarentena, "pelo que não existe uma obriga��o legal para implementar um plano de conten��o". Aquilo que o ministério tem feito � "prestar apoio de aconselhamento t�cnico a quem o solicita". Fonte: Lusa
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