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– 10-08-2012 |
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Agricultura culpada de inc�ndios florestais?A falta de ordenamento florestal � evidente. Desde 1147 que Portugal � constantemente fustigado por inc�ndios durante o Ver�o. Uns anos mais, outros anos menos. Os governos, os ministros, os secret�rios de estado mudam ciclicamente, e � sempre f�cil culpar e ridicularizar-se os sucessivos governos, quando a questáo de fundo � o ordenamento florestal. Nos �ltimos 10 anos, segundo os dados do Instituto de Conserva��o da Natureza e das Florestas (ICNF), a média de ocorr�ncias de inc�ndios � de 11.313. A média anual de área ardida � 47.101 hectares (ha), onde este ano j� passamos os 67 mil hectares. As metas do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Inc�ndios eram clara, eliminar inc�ndios com mais de 1000 ha, e este ano, até 31 de Julho de 2012, j� ocorreram 3 inc�ndios, tendo um deles passado os 21 mil ha, em Tavira. A Fenafloresta, �nica representante do sector cooperativo nacional, sempre pautou a sua exist�ncia por uma preocupa��o real e urgente, na luta contra inc�ndios, através da constitui��o de equipas de sapadores florestais, na limpezas de faixas de gestáo de combust�vel, e através de a��es de sensibiliza��o, mesmo quando não h� financiamento, como este ano. Tem-se comentado e escrito que o desvio de fundos da floresta para a agricultura � a causa de inc�ndios. Nada mais incorrecto. Conforme a gestora do programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) afirmou recentemente, h� dinheiro para as medidas florestais. Parte do dinheiro foi transferida, sim, devido � inadequa��o das medidas, e acima de tudo, devido � falta de concessão de cr�dito da banca aos produtores florestais, pois as principais medidas s� eram comparticipadas em 60 ou 75 por cento. A FENAFLORESTA defende que se deveria apostar mais na agricultura, ao mesmo tempo que se investe na floresta! Temos de caminhar de bra�o dado. S� com uma aposta na agricultura, s�ria e competente, se povoa o interior, se desenvolve o meio rural, se ordena a floresta, e acima de tudo, se gere a floresta com mais assiduidade. não podemos continuar a falhar na estratégia e nas pol�ticas a seguir. não podemos continuar a apostar em pagamentos aos agricultores para não produzirem, nem apoiar florestação de terras de aptid�o agr�cola! � urgente apoiar, apostar, incentivar a agricultura, simultaneamente reordenando os espaços florestais, plantando mais, onde não � poss�vel investir na agricultura. A descontinuidade dos espaços florestais tem de ser uma exig�ncia na pol�tica nacional. Acreditamos que s� com uma pol�tica integrada a nível. florestal e agr�cola podemos diminuir as igni��es e a área ardida. As causas dos inc�ndios florestais são diversas, mas a falta de ordenamento florestal e os apoios estoc�sticos em Portugal acreditamos serem a sua principal causa. Importa agora inverter o caminho, preparar o futuro. A nova lei de arboriza��o e rearboriza��o � v�lida mas dever� ser publicada ao mesmo tempo que as metas dos planos regionais de ordenamento florestal, definindo-se uma zonagem nacional s�ria e integrada, onde se defina a área florestal, agr�cola e urbana, pois s� assim podemos construir um territ�rio menos suscept�vel a inc�ndios com grandes propor��es.
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