Com os protestos a gerarem tensão em quase toda a União Europeia, a nova PAC permite mais margem de manobra aos Estados-membros para decidirem como enfrentar a conjuntura, marcada pela instabilidade decorrente das importações da Ucrânia.
Depois de um fim-de-semana mais calmo em termos de protestos dos agricultores, o sector está à espera de um novo encontro com a ministra da tutela, Maria do Céu Antunes, para perceber até que ponto pode ir o novo pacote de auxílio. O sector não ficou propriamente muito animado com os quase 450 milhões disponibilizados – até porque, como confirmou uma fonte da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) ao JE, apenas pouco mais de 60 milhões são novidade – e sabe que Bruxelas está focado no problema. De facto, depois de os protestos se terem espalhado a pelo menos 22 países do bloco, a Comissão Europeia quer gizar, segundo as agências internacionais, medidas que possam ser transversais à União.
Desde já, vão ser introduzidas medidas de salvaguarda preparadas para limitar o impacto da entrada na União da produção agrícola ucraniana – que subverteu o equilíbrio de alguns mercados, como o polaco, búlgaro, romeno, húngaro e esloveno, antes de se espalhar por todo o bloco. Bruxelas propôs renovar por mais um ano, entre junho de 2024 e junho de 2025, a isenção concedida à Ucrânia dos direitos aduaneiros – mas alguns observadores consideram que isso não vai ser possível.
Recorde-se […]