A Secretaria Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural defendeu hoje a aposta no investimento da produção de plantas endémicas e autóctones nos Açores, a partir do projeto “LIFE IP CLIMAZ – Programa Regional para as Alterações Climáticas nos Açores”, coordenado pela Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas. Tal foi defendido pelo Secretário Regional António Ventura, no âmbito de uma visita ao Viveiro Florestal de Espécies Autóctones, em que esteve acompanhado pelo Diretor Regional dos Recursos Florestais, Filipe Tavares.
“Vamos dar um impulso na produção de plantas endémicas, promovendo a sua plantação e nos próximos fundos comunitários vamos majorar os projetos de investimentos que utilizem estas plantas”, assegurando “o fornecimento de plantas para os investimentos públicos, quer sejam das Câmaras Municipais, quer sejam de outros organismos públicos, defendeu António Ventura.
Para o Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, “ultrapassado o desafio da produção de plantas, desde a primeira instância que, para além da conservação dos recursos genéticos, é possível potenciá-los, retirando dividendos económicos”, acrescentando que o Governo está a trabalhar “na domesticação das espécies mais emblemáticas e com maior potencial madeireiro da floresta natural dos Açores”.
Com esse trabalho, a Região pode ser a “âncora de inúmeros projetos de dimensão significativa”, que estão a surgir no âmbito da conservação da natureza, e que requerem o substancial aumento da capacidade de produção instalada, e um desses exemplo é o projeto “LIFE IP CLIMAZ”, sustentou o Diretor Regional dos Recursos Florestais, Filipe Tavares.
A iniciativa tem como beneficiários associados a Direção Regional do Ordenamento o Território e Recursos Hídricos; Direção Regional do Ambiente e Alterações Climáticas; Direção Regional da Energia; Direção Regional dos Assuntos do Mar; Município da Horta; Município de Vila Franca do Campo; empresa Eletricidade dos Açores, SA (EDA); Cooperativa União Agrícola, CRL (CUA) e Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza – AZORINA, SA.
António Ventura adiantou que o projeto tem um orçamento no valor total de 19.922.235,00 milhões de euros, com uma contribuição própria dos beneficiários de 7.968.894,00 milhões de euros e uma contribuição de 11. 953. 341. 00 milhões de euros por parte da União Europeia.
A Direção Regional dos Recursos Florestais fica responsável por certificar o mapeamento das áreas florestais de todas as ilhas e determinar nessas uma estimativa da biomassa e da capacidade de sequestro do carbono, de forma a perceber-se o impacto das alterações climáticas nesses “ecossistemas vulneráveis”, disse ainda.
Quanto ao aumento da capacidade de produção de plantas, serão realizados investimentos estruturantes nos viveiros florestais de Nordeste, Ponta Delgada, Terceira e Pico, avançou ainda o titular da pasta da Agricultura.
Dessa forma, pretende-se contribuir para “a criação de corredores ecológicos, assegurar uma maior resiliência dessas áreas no combate às alterações climáticas adversas”, que ajudará a estabelecer a melhoria do regime hidrológico, concretizou.
Para a implementação dessas ações, o projeto prevê um investimento na verba de 2.592.731,00 milhões de euros.
Nota enviada pelo Governo Regional dos Açores.