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– 28-04-2004 |
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Acordos com OMC e Mercosul vão aumentar comércio de produtos agrícolas com o BrasilBrasília, 27 de Abr Ao usar da palavra numa conferência de imprensa realizada hoje em Brasília, Franz Fischler, Comissário da União Europeia responsável pela Agricultura, o Desenvolvimento Rural e a Pesca, abordou dois temas da maior relevância para o Brasil e a União Europeia: as conversações sobre agricultura no âmbito da OMC e as negociações entre a União Europeia e o Mercosul. Franz Fischler deixou claro que, nas conversações no âmbito da OMC, a UE propõe ao Brasil um acesso consideravelmente reforçado ao mercado dos produtos agrícolas, a par de cortes substanciais nos regimes de apoio à agricultura susceptíveis de distorcer o comércio. "Isto constitui uma grande oportunidade para o Brasil", sublinhou o Comissário. Sobre as negociações UE-Mercosul, o Comissário afirmou que a UE se manteve aberta a melhorar a sua oferta para o domínio da agricultura, especialmente no que respeita ao acesso de produtos sensíveis, como a carne de bovino e de aves de capoeira, ao mercado. "Sendo muito claro, só podemos avançar com uma oferta mais vantajosa se o grupo Mercosul corresponder às nossas ambições. A abertura do comércio deve ser recíproca. Se ambos os lados demonstrarem uma forte determinação e vontade política, deverá ser possível alcançar um acordo em Outubro", salientou. sobre as conversações sobre agricultura no âmbito da OMC Propomos ainda que todos os Estados industrializados concedam livre acesso a, no mínimo, 50% das suas importações do Brasil e de outros países em desenvolvimento. O Brasil deve ainda ter o direito de reduzir bastante menos e ao longo de um período mais extenso os seus direitos aduaneiros e os seus subsídios à agricultura susceptíveis de distorcer o comércio. Acerca dos subsídios à exportação susceptíveis de distorcer o comércio, o Comissário afirmou que a UE estava disposta a debater a supressão gradual de TODAS as formas de subvenções desleais à exportação de produtos de interesse por parte dos países em desenvolvimento. "Mas não podemos travar esta batalha sozinhos. Em 2003, a UE gastou 3 200 milhões de dólares em crédito à exportação para proporcionar aos seus exportadores acesso a uma fracção mínima do mercado mundial, enquanto, paralelamente, são gastos muitos milhares de milhões de dólares para promover as exportações a pretexto da "ajuda alimentar". E mesmo países que praticam o comércio livre, como o Canadá, a Austrália ou a Nova Zelândia, distorcem o comércio ao manterem monopólio comerciais estatais. Todos estes instrumentos de subvenção das exportações devem ser seriamente analisados", afirmou. sobre as reformas da política agrícola da UE No ano passado, a UE aprovou a maior reforma do sector agrícola da sua história. Com esta reforma, a Europa passou a apoiar cada vez mais os seus agricultores para prestarem serviços públicos, como um ambiente de qualidade, alimentos seguros ou um mundo rural vivo, passando para segundo plano a produção de carne de bovino ou de leite. "Este apoio não está vinculado à produção, pelo que não prejudica os interesses comerciais do Brasil. As nossas reformas irão reduzir o apoio à agricultura susceptível de distorcer o comércio nuns impressionantes 70% em relação ao nível dos subsídios concedidos na Europa há apenas uma década. Enquanto em 1993 a UE gastava 0,61% do seu PIB em medidas destinadas aos mercados agrícolas, em 2013 esta percentagem não irá além dos 0,33%, o que corresponde a uma redução para quase metade, em termos de PIB, do montante dispendido no apoio à agricultura. E prosseguimos as nossas reformas nos mercados de produtos como o açúcar e o algodão. Mas o mais importante é que outros países ricos, como os Estados Unidos, sigam o nosso exemplo e reformem a sua legislação agrícola, cujos efeitos em matéria de distorção do comércio se fazem sentir em todo o mundo", explicou o Comissário. sobre as negociações UE-Mercosul Franz Fischler sublinhou que as conversações entre a UE e o Mercosul também ocupam um lugar de destaque na nossa agenda: "Criar-se-ia uma situação vantajosa para todos os parceiros. Contudo, o estabelecimento de uma zona de comércio livre não esmorecerá, de forma alguma, o nosso empenhamento na conclusão da Ronda de Doha. Uma coisa não exclui a outra. A UE pretende concluir um acordo ambicioso, substancial e abrangente com a Mercosul. Mas o que deve ficar claro para todos é que dispomos de possibilidades limitadas em matéria de concessão de acesso ao mercado e que essas possibilidades terão de ser repartidas entre o Mercosul e a Ronda de Doha", concluiu o Comissário.
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