A FENAREG – Federação Nacional de Regantes entregou hoje pessoalmente ao Ministro da Agricultura e Mar uma lista contendo 40 projetos de execução em regadio, acompanhados e validados pela Autoridade Nacional do Regadio e financiados pelo PDR2020. Estes projetos, inseridos na Estratégia Água que Une, representam mais de 900 milhões de euros em investimento e estão preparados para avançar imediatamente para a fase de empreitada.
A entrega do documento decorreu após a Assembleia Geral da Federação, realizada na Associação de Beneficiários do Regadio do Cávado, e foi acompanhada das conclusões da XVI Jornada | Encontro do Regadio 2025.
Investimentos estruturantes para a competitividade da agricultura
Segundo José Núncio, Presidente da FENAREG, os projetos incidem sobre intervenções de reabilitação, modernização e segurança de barragens de infraestruturas hidroagrícolas, constituindo “um eixo estrutural para o futuro do regadio português e uma peça-chave para o arranque da Estratégia Água que Une”.
A FENAREG destaca que os investimentos permitirão reforçar a resiliência dos sistemas hidroagrícolas, aumentar a eficiência no uso da água, reduzir perdas, melhorar o desempenho hídrico e energético, garantir segurança hídrica às explorações agrícolas e salvaguardar produção, emprego e competitividade.
Urgência na disponibilização de verbas e no arranque das obras
O Presidente da Federação sublinha a necessidade urgente de mobilizar as verbas que permitirão iniciar as empreitadas: “os prazos de execução são exigentes e cada mês de atraso compromete metas estratégicas da agricultura e da gestão da água. A não concretização atempada destas obras coloca em risco a competitividade do setor e a transição para um regadio mais eficiente e resiliente.”
Regadio até 2030 como prioridade estratégica
Na Assembleia Geral foi igualmente aprovado o Plano de Atividades e Orçamento para 2026, que define como prioridade estratégica o investimento em regadio até 2030. O documento reforça:
• A necessidade de concretizar a Estratégia Água que Une;
• O papel da agricultura na governança da água;
• Os desafios associados à revisão da PAC, ao novo Quadro Financeiro Plurianual da UE e à transição do PDR2020 para o PEPAC;
• A urgência da reprogramação do PEPAC para garantir financiamento ao regadio coletivo;
• A resolução das penalizações aplicadas pelo IFAP, com proporcionalidade nos procedimentos de contratação pública;
• A importância de estabilidade política para rever a legislação hidroagrícola;
• O reforço da capacitação das Associações de Regantes.
A FENAREG reafirmou, uma vez mais a sua disponibilidade para colaborar com o Ministério da Agricultura e Mar, e reforçou apelo à celeridade na execução dos investimentos previstos, decisivos para consolidar um regadio moderno, competitivo e ambientalmente responsável. “O setor não pode perder esta janela de oportunidade. Cada mês de atraso compromete metas estratégicas da agricultura e da gestão da água, colocando em risco a soberania alimentar de Portugal,” concluiu José Núncio.
Fonte: FENAREG













































