40 crias viáveis de lince-ibérico nasceram em 2021, na rede de Centros de Reprodução do Programa de Conservação ex-situ de Lince Ibérico.
Na passada temporada de reprodução de 2021 estabeleceu-se um total de 28 casais entre todos os centros de reprodução, dos quais 19 fêmeas geraram um total de 50 crias, das quais sobreviveram 40: 22 são machos e 18 são fêmeas. Esta quantidade final de crias produzidas coincide com as quantidades estimadas no início da temporada, quando se definiram os diferentes emparelhamentos que se deveriam levar a cabo para satisfazer as necessidades dos programas de conservação in-situ e ex-situ para esta espécie.
Nesta temporada cabe salientar a atuação da fêmea Coscoja, em La Olivilla, que com 15 anos de idade conseguiu gerar e criar uma cria. É a primeira vez que no âmbito do programa de reprodução em cativeiro, uma fêmea com esta idade produz descendência viável e consegue cuidar da mesma, do que resulta informação muito valiosa para a gestão genética do programa.
As causas da morte das 10 crias falecidas foram um aborto prematuro de três crias da fêmea Oleander; duas baixas perinatais nas ninhadas de Mina e Guara; duas baixas por abandono materno de uma fêmea primeiriça, Playa; uma baixa durante o período de desmame na ninhada de Fárfara e duas baixas relacionadas com o período crítico de lutas de crias na ninhada de Mina. A acrescentar a estas baixas, duas fêmeas, Parra e Cynara, abortaram durante a fase de gestação mas não se detetou nenhuma cria nascida.
O artigo foi publicado originalmente em ICNF.