Nos últimos 5 anos a POPULAÇÃO DE FALCÃO PEREGRINO AUMENTOU na região de Lisboa e Vale do Tejo
Nesta região, a população nidificante de falcão peregrino (Falco peregrinus) aumentou face ao último recenseamento nacional da espécie, decorrido entre 1999 e 2005, no qual estavam referenciados dezasseis casais para toda esta região.
No período de reprodução de 2021, a população reprodutora foi estimada entre 38 a 47 casais, o que representa um aumento de 66%, considerando a totalidade dos territórios identificados, relativamente aos últimos dados, e prospetados 80 locais potenciais de nidificação, durante o censo regional.
A população reprodutora tem aqui uma distribuição que abrange áreas de montanha mas maioritariamente, áreas de litoral, fortemente antropomorfizadas, o que justifica, por parte do ICNF, uma monitorização e um acompanhamento mais sistematizado da sua evolução. O plano de monitorização inclui um acompanhamento e fiscalização dos locais de nidificação, recolha de informação sobre os parâmetros de reprodução e um recenseamento da população reprodutora em períodos de 5 anos.
De entre as ameaças mais relevantes identificadas na perturbação dos locais de nidificação, estão as atividades lúdicas e de turismo, como a escalada, o parapente, a pesca à linha e os passeios pedestres, designadamente, ao longo da orla costeira.
O falcão peregrino (Falco peregrinus) está classificado como espécie “Vulnerável (VU)” no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, com uma população estimada de 79 a 100 casais a nível nacional. Os resultados agora obtidos no censo da DRCNF-LVT mostram que 47% do cômputo da população nacional ocorre neste território, o que confere à região uma importância significativa para a conservação da espécie, assim como uma maior responsabilidade na sua proteção.
O artigo foi publicado originalmente em ICNF.