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– 28-03-2003 |
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Vinho Verde : Entre Douro e Minho quer relan�ar imagem de qualidadePorto, 27 Mar "O problema dos stocks � estrutural na regi�o", admitiu o director regional da DRAEDM, Carlos Duarte de Oliveira, em declarações � Agência Lusa, salientando que este excesso de oferta tem provocado "alguma degrada��o da imagem do vinho verde no mercado e dos pre�os ao produtor". Apostada numa nova estratégia de desenvolvimento sustent�vel da agricultura do Entre Douro e Minho, a DRAEDM tra�ou um plano estratégico para o sector dos vinhos, decidido a recuperar a imagem do vinho verde, e que � apresentado sexta-feira em Sergude, Felgueiras, no conselho regional agr�rio. Segundo explicou � Lusa Duarte de Oliveira, este plano estratégico segue-se ao j� apresentado, na semana passada, para o sector das florestas, sendo que em Abril seráo ainda apresentadas propostas espec�ficas para as áreas do leite e da segurança alimentar. Relativamente aos vinhos verdes, o director regional acredita que as dificuldades de escoamento dos �ltimos anos resultam da ac��o conjugada de uma elevada produ��o e de um consumo abaixo das "potencialidades do mercado". "Temos uma produ��o que � quase o dobro da procura, o que origina excedentes cont�nuos, com degrada��o do pre�o ao produtor e das condi��es de competitividade das várias estruturas da fileira", afirmou. Adiantando que o consumo ronda os 40/50 milhões litros/ano, quando a produ��o ascende a cerca de 80/100 milhões de litros, o director regional destacou que a inevit�vel acumula��o de "stocks" � particularmente preocupante no caso do vinho verde, que tem de ser consumido nos dois anos seguintes � produ��o. Segundo afirmou � Lusa o director de serviços de agricultura da DRAEDM, Rui Martins, a estratégia delineada pela direc��o regional para relan�ar as vendas de vinho verde assenta na necessidade de "adequar o produto �s exig�ncias do consumidor". � que, explicou, nos �ltimos anos houve uma evolu��o qualitativa "gigantesca" no vinho verde, gra�as � melhoria das pr�ticas enol�gicas e � reconversão da vinha, que contudo não se revelou suficiente para garantir o escoamento do produto. Nesta estratégia de adequa��o �s exig�ncias do mercado, a DRAEDM destaca a necessidade de "moldar" as caracterásticas do pr�prio vinho verde, controlando a acidez e a adstring�ncia, pouco apreciadas pelo consumidor, mas normalmente associadas a este vinho. "A imagem do vinho verde como jovem, agressivo, �cido e adstringente tem que ser combatida, apostando-se em alguns [vinhos] pontas de lan�a que j� vai havendo", sublinhou Rui Martins. A DRAEDM aconselha ainda a produ��o de vinhos "mais encorpados" e arom�ticos e, no dom�nio da distribui��o, a criação de alternativas � garrafa de 0,75 cl, actualmente a �nica disponível. na restaura��o. O relan�amento do vinho verde passa Também, segundo Rui Martins, pela diversifica��o, ou seja, pela aposta em produtos derivados do vinho, desde o sumo � aguardente, champagne ou �s muito em voga "bebidas nutricionalmente funcionais". Contudo, frisa, esta diversifica��o deve ser sempre feita em casos onde j� exista procura ou em que seja poss�vel estimul�-la, sob pena de algumas iniciativas virem a redundar em aut�nticos "fiascos". Igualmente decisiva �, afirmou, a melhoria quer dos parques industriais, quer produtivos, através da utiliza��o dos instrumentos, sistemas de condu��o da vinha e pr�ticas sanit�rias adequados. Na área da produ��o esta melhoria passa, desde logo, pela reestrutura��o ou, mesmo, arranque de vinhas velhas. � que, sublinhou, existe um n�mero limitado de licen�as para instala��o de vinhas e as licen�as novas são "muito dif�ceis de obter", pelo que h� que "gerir parcimoniosamente" o potencial existente e não desperdi�ar licen�as em áreas pouco favor�veis � produ��o. Paralelamente, e ao nível. das pr�ticas sanit�rias, Rui Martins destacou que devem minimizar os impactos ambientais, recorrendo a produtos "menos agressivos e adequados �s necessidades do momento" e apostando em tratamentos preventivos. O director regional da DRAEDM salientou, por sua vez, o elevado peso da categoria VPQRD (vinho de qualidade produzido em regi�o demarcada) no Entre Douro e Minho, que ascende a 95 por cento do total, quando nas restantes regi�es do país � normalmente inferior a 50 por cento. Segundo referiu Duarte de Oliveira, este predom�nio do VPQRD na regi�o implica a garantia da qualidade do produto, o que passa, nomeadamente, por um aumento dos actuais n�veis de produtividade de 2.700 litros por hectare para um máximo de cinco mil litros. Este valor, explicou, garante a qualidade do produto, sem aumentar exageradamente a oferta e distorcer, assim, o mercado. O director regional apontou ainda a import�ncia de valoriza��o de sub-produtos do vinho, entre os quais o mosto concentrado. Isto porque, explicou, a regi�o importa elevadas quantidades deste produto (15 mil hectolitros em 2002, equivalentes a 30 por cento das importa��o total nacional) quando podia obt�-lo a partir dos seus pr�prios vinhos de menor qualidade, resolvendo ao mesmo tempo o problema do seu escoamento.
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