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– 26-09-2011 |
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Vinho: Produtor diz que principal concorr�ncia vem de quem faz "dumping"O produtor e en�logo Jos� Neiva Correia lamenta que a maior concorr�ncia aos tradicionais produtores de vinhos portugueses venha actualmente de pessoas que, h� alguns anos, entraram no sector porque �produzir vinho era chique�. Para Neiva Correia, os concorrentes dos vinhos portugueses não são neste momento os produtores do Novo Mundo, mas pessoas que h� uns anos �entraram para o sector para se nobilitarem� e que estáo agora a oferecer os seus produtos a pre�os que não cobrem os custos de produ��o, fazendo �dumping�. �Isso está a trazer graves preju�zos ao sector, porque essas pessoas não estavam preparadas e t�m dificuldade em vender o vinho que j� estavam a acumular em stock, e j� não t�m sequer dinheiro para investirá no armazenamento, pelo que estáo a oferecer �abaixo do pre�o de custo�, disse. Neiva Correia, que exporta a quase totalidade das seis milhões de garrafas que produz anualmente, disse � Lusa que o mercado interno, onde vende 10 por cento da produ��o, � �muito dif�cil�. O en�logo critica principalmente as grandes superf�cies, porque �alteram as regras a meio do jogo�, sublinhando que a aposta da sua empresa, a DFJ Vinhos, � �desbravar terreno� junto de cadeias locais, garrafeiras e no mercado eureka, restaurantes e hot�is. A DFJ quer duplicar a produ��o nos próximos tr�s anos, tendo passado j� de uma enchedora de 20 bicos para uma de 50 e substitu�do um rolhador de uma cabe�a por outro de tr�s. �Estou a tentar, através de economias de escala, ser mais competitivo e tentar dar o salto em frente. Produzir mais, vender mais, imputando os custos administrativos a um volume maior�, afirmou. No seu entender, Portugal tem que procurar que a crise se transforme numa oportunidade, dando aos consumidores vinhos �bastante melhores e a um pre�o bastante mais baixo�, mas nunca vendendo abaixo do pre�o de custo, porque �isto � uma actividade econ�mica e toda a actividade econ�mica visa o lucro�. Frisando que Portugal �tem bons vinhos�, Neiva Correia considera que a pr�tica que iniciou �h� bastantes anos�, de fazer vinho ao gosto do consumidor, �pode ser uma mais-valia� para o país, sublinhando a import�ncia das exporta��es como um dos factores mais importantes na resolu��o dos problemas que o país atravessa. Contudo, frisou a dificuldade em levar o consumidor estrangeiro a conhecer a qualidade dos vinhos produzidos em Portugal, pelo que, além do pre�o competitivo, a DFJ aposta na apresentação das suas garrafas, sendo os seus r�tulos feitos em Inglaterra e alguns na Austr�lia. �� preciso conhecer muito bem o sector. � quase preciso nascer-se nele, poder sentir estas coisas, ter forma��o na área�, afirmou. �H� uns seis anos disse numa entrevista que havia pessoas que não eram do sector e que tinham entrado para se nobilitarem, que se queriam promover socialmente e acharam que o vinho era uma forma de conseguirem isso. Previ que isso ia trazer problemas porque este � um sector dif�cil, com crises c�clicas�, acrescentou. Fonte: Lusa
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