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– 08-04-2004 |
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Vila Real : Futuro da região não passa pela industrialização
Vila Real, 08 Abr Daniel Bessa, presidente da Escola de Gestão do Porto e ex-ministro da Economia, falava no decorrer de uma conferência sobre "Zonas desfavorecidas e os desafios do desenvolvimento", que decorreu quarta-feira à noite na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). "Não há outra região tão longe de uma cultura industrial", afirmou o responsável, que defendeu a aposta num modelo assente numa base rural, "na terra e nos produtos da terra", como o vinho, o azeite, o queijo, os enchidos ou a batata, para o desenvolvimento de Trás-os- Montes. "Poderá ser uma forma de dar à região todas as oportunidades e criar factores de retenção populacional", sublinhou. A região de Trás-os-Montes perdeu nos últimos 40 anos 34 por cento da sua população, que actualmente é de 445 mil habitantes. Daniel Bessa salientou ainda a certificação dos produtos, que funciona como uma mais valia e uma garantia da sua qualidade, e defendeu a criação de unidades de "pura comercialização" destes produtos regionais. O professor sublinhou ainda a importância de criar um nicho qualificado, em volta do ensino superior, uma política que atrairia gente nova e qualificada para este sector. Referiu ainda que, à semelhança do que acontece em Espanha, a terra, que "devido à desertificação está praticamente abandonada", poderia ser utilizada como "uma forma de atracção de gente qualificada". Na sua opinião, estas políticas poderão transformar a região, num prazo de 20 anos, num "espaço razoavelmente bom para viver". Por sua vez, o director da Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes e Alto Douro (DRATM), Fernando Martins, referiu que há capacidade industrial na região e exemplificou com algumas iniciativas como a indústria de tanoaria em Palaçoulo, concelho de Miranda do Douro". O professor Luís Ramos, da UTAD, apresentou uma visão mais positiva para o futuro de Trás-os-Montes, perspectivando um aumento demográfico e uma melhoria da qualidade de vida da sua população nos próximos 20 anos. Para o desenvolvimento transmontano, o responsável defendeu a criação da região administrativa de Trás-os-Montes e Alto Douro, uma única instituição de ensino superior, uma única região de turismo e uma alteração da lógica de e das prioridades dos investimentos municipais. Tudo isto terá como consequência, segundo Luís Ramos, uma melhoria das acessibilidade que permitirão chegar de Bragança a Lisboa em apenas quatro horas, em 2025, quando em 1960 a mesma viagem demorava nove horas, ainda uma modernização e expansão da rede ferroviária e implementação de uma rede de transportes aéreos. No âmbito do ciclo de conferências "Olhares cruzados sobre Trás-os-Montes e Alto Douro" vão ainda realizar-se mais três debates subordinados aos temas: "O futuro do ensino superior no interior" (dia 15), "As dinâmicas culturais da interioridade" (dia 22) e "As fronteiras da ciências e tecnologia nas regiões do interior" (dia 29). Esta é uma iniciativa do jornal Público em conjunto com a UTAD que pretende "debater algumas das questões importantes para o futuro de Trás-os-Montes e Alto Douro" PLI.
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