O Douro Vinhateiro debate-se com desafios como a valorização dos vinhos e das uvas, visando a sustentabilidade económica, a mitigação da falta de mão de obra e a mitigação das alterações climáticas, sem descurar a necessidade de novos modelos de governação da região.
O Douro de hoje é bem diferente, para melhor, do país à data do Projecto de Desenvolvimento Rural Integrado de Trás-os-Montes (PDRITM), na década de oitenta, que promoveu a reconversão dos vinhedos e estudos da fileira vitivinícola, adoptando uma perspectiva de rede com actores públicos e privados, destacando-se o papel da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). De uma região económica e socialmente isolada, em relação aos movimentos globais e marcada por consideráveis assimetrias, o Douro trilhou caminhos mais amplos e está hoje no mapa mundial dos vinhos de excelência, do património mundial e dos destinos turísticos mundiais de qualidade.
A transformação do Douro foi impulsionada pelo PDRITM e, no início do século, pela internacionalização dos vinhos e a inscrição do Alto Douro Vinhateiro como património universal, a par de um razoável investimento público e privado, em acessibilidades rodoviárias, infra-estruturas culturais, turísticas e vitivinícolas.
Para esta profunda mudança da região muito contribuiu uma geração empreendedora de enólogos formada na UTAD, com formação e ambição internacional, que tem apostado na qualidade, na […]