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– 12-11-2002 |
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UE / Ci�ncia : Necessidade de mais financiamento domina abertura de confer�nciaA necessidade de os Quinze aumentarem os investimentos para projectos de investiga��o cient�fica e de promoverem uma maior coordena��o das respectivas pol�ticas marcou a abertura de uma confer�ncia em Bruxelas. "A Europa não poder� enfrentar os desafios do conhecimento sem se organizar. Para se impor nos sectores do futuro, deve investir melhor e investir mais na investiga��o", declarou o comissário europeu da tutela, Philippe Busquin, na sessão de abertura do evento. Esta confer�ncia, que vai prolongar-se até quarta-feira, � a maior jamais realizada na Europa sobre a investiga��o cient�fica comunitária e os caminhos a percorrer para, até 2010, transformar a União na economia do conhecimento mais competitiva e din�mica do mundo. "Desejo que, perante a avalanche de novas informações e conhecimentos" – como a entrada, "em cada 10 segundos, de uma nova sequ�ncia de ADN" na base de dados gen�ticos do Instituto Europeu de Bioinform�tica – "a Europa seja a primeira a utiliz�-los", salientou Philippe Busquin. Para isso, reafirmou o comissário europeu, � necess�rio aumentar o "esfor�o global" de investiga��o através de mais verbas: enquanto Washington investe 2,7 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) em projectos nesse dom�nio e o Jap�o 03 por cento, os Quinze gastam apenas 1,9 por cento. Nesse sentido, o sexto Programa-Quadro de Investiga��o (2003-2006) hoje apresentado oficialmente pela Comissão – que inclui um envelope financeiro de 17,5 mil milhões de euros – foi desenhado para servir como catalisador dos programas nacionais e regionais dos Quinze, fomentar a circula��o dos investigadores ou, ainda, potenciar os investimentos das várias capitais no sector. Outro vector importante do novo programa-quadro � o do apoio a projectos em sectores considerados estratégicos: aeron�utica e espaço, ci�ncias da vida, qualidade e segurança alimentares, nanotecnologias e novos materiais, energias e transportes não poluentes ou, ainda, desenvolvimento sustent�vel. Agendada para esta confer�ncia está a apresentação de 142 projectos de investiga��o e de 65 organismos cient�ficos, assim como debates sobre recursos humanos e mobilidade, patentes e direitos de propriedade intelectual, papel das regi�es europeias, infra-estruturas de investiga��o ou pequenas e médias empresas. Os mais de 8.000 participantes (de 61 países) presentes nesta confer�ncia em Bruxelas Também v�o debater poss�veis respostas a problemas da vida quotidiana que amea�am crescer – uma em cada quatro crian�as j� � al�rgica, grau de resist�ncia humana aos antibi�ticos, a segurança dos autom�veis e os seus n�veis de polui��o. Em rela��o aos investimentos dos Quinze, que envolvem diversas áreas (investiga��o, educa��o, forma��o, recursos humanos, material de alta tecnologia, informatiza��o dos serviços públicos), a Comissão tem constatado que h� "diferen�as importantes" entre os Estados membros. Assim, enquanto os países n�rdicos (Dinamarca, Finl�ndia, Su�cia) apresentam n�veis de investimento superiores aos dos Estados Unidos, "a maior parte" dos Estados membros estáo ao nível. da média europeia (1,9 por cento do PIB), referiu a Comissão. Entre eles, grandes países como a Espanha e a It�lia "devem fazer urgentemente um esfor�o suplementar" nessa matéria, acrescentou Bruxelas. Contudo, h� um grupo de países – Portugal, Gr�cia e Irlanda – que "souberam criar uma din�mica muito forte que poder� permitir- lhes recuperar rapidamente do atraso" que apresentam relativamente aos outros países comunitários, considerou a Comissão. além do desinvestimento em Investiga��o e Desenvolvimento (I&D) registado na d�cada de 90 nalguns dos grandes países europeus, o nível. de participa��o do sector privado nesses projectos tem constitu�do outra causa de enfraquecimento da União relativamente aos Estados Unidos e ao Jap�o. Segundo os �ltimos dados, a contribui��o do sector privado no financiamento de projectos de I&D na Europa corresponde a 56 por cento do total – quando nos Estados Unidos ascende a 68 por cento e no Jap�o a 72 por cento. No caso de Portugal, o envolvimento dos privados � o mais baixo entre os Quinze: apenas 21,3 por cento – � excep��o da Gr�cia, com 24,2 por cento, todos os outros estáo acima dos 40 por cento -, pertencendo ao Estado 69,7 por cento das verbas restantes. Um passo para tentar inverter essa realidade vai ser dado no próximo dia 29, quando o Conselho Superior de Ci�ncia, Tecnologia e Inovação – juntando representantes do mundo acad�mico e empresarial para dinamizar liga��es entre ambos – se reunir pela primeira vez. Globalmente, as actuais dificuldades financeiras de Lisboa Também se v�o reflectir nesta área, prevendo-se uma quebra or�amental de 0,7 por cento no or�amento de 2003 da Funda��o para a Ci�ncia e a Tecnologia (FCT). Com uma dota��o estimada para o próximo ano de 305 milhões de euros para a FCT, o seu presidente defendeu h� dias a necessidade de o próximo or�amento de Estado aumentar a sua contribui��o para a investiga��o e desenvolvimento – tendo em conta a redu��o dos fundos comunitários para a regi�o de Lisboa e Vale do Tejo a partir de 2004. Segundo Fernando Ram�a Ribeiro, Também as empresas t�m de compreender a import�ncia de investirem em I&D. Um dos participantes na confer�ncia de Bruxelas vai ser o ministro portugu�s da tutela, Pedro Lynce, que recentemente classificou o Programa Ci�ncia Viva (centrado em Lisboa) como elitista e despesista. O programa foi criado em 1996 para tentar melhorar a educa��o cient�fica e tecnol�gica dos portugueses através do refor�o do ensino experimental das ci�ncias.
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