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– 11-05-2002 |
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Timor-Leste / Independ�ncia : Medicinas tradicionais e bichos-da-sedaD�li, 10 Mai Coados, são lan�ados para a �gua que enche a base met�lica de um pequeno tear e outra mulher, cuidadosamente, vai puxando fio a fio, e dos muitos casulos faz uma linha �nica que vai enrolando. E assim se faz seda para os lados de Baucau, a segunda cidade timorense. Um m�todo que a pequena comunidade de uma aldeia pr�xima está agora a aprender e que hoje trouxe a D�li para a "Expo Popular", a primeira feira agr�cola de sempre no territ�rio. Habituados a fazer tais (panos tradicionais) com algod�o, os timorenses estáo agora a experimentar uma ideia nova, usando a seda de fabrico tradicional para criar texturas diferentes e assim, quem sabe, abrir novos mercados. Logo ao lado, noutra pequena banca, dois velhos de Sananain, uma aldeia no maior distrito de Timor-Leste (Manatuto) explicam como colheram o mel que agora enche garrafas antes usadas para comercializar sumo australiano. "Sobe-se �s �rvores e tira-se", explica Koli Mau, meio desdentado, um olhar vivo, cabelo esbranqui�ado. "N�s ali não fazemos colmeias de madeira. Elas j� estáo assim", acrescenta Ant�nio Domingos, mostrando uma vela tosca que tira de um monte. Aproveitar o que existe evidencia-se na farm�cia da Expo, onde saquinhos e saquinhos de po��es e medicamentos tradicionais partilham a banca com �leo de massagem feito de coco e de mel, vendido em pequenas caixas de rolos fotogr�ficos. A medicina tradicional – com ra�zes, ervas e folhas numa mistura que, entre t�tum (l�ngua timorense) e portugu�s não se consegue perceber – � fabricada em Same por uma organiza��o religiosa (TOGA). E ali h� saquinhos para tudo, independentemente de qual for a maleita: hepatite ou malária, diabetes, epilepsia, apendicite e até cancro. Mesmo � frente, outras garrafas recuperadas oferecem xarope de "Udi Budun", o "bot�o" da bananeira. "� para a asma", explica o jovem. No ch�o, ao lado de uma das várias bancas de "produ��o org�nica", um tub�rculo largo e peludo "que faz muita comich�o na pele", marca o recurso ao que "a natureza d�", como explica um homem. E depois conta como se cozinha, explicando que se abre um buraco no ch�o onde se colocam pedras previamente aquecidas onde se mete o tub�rculo que depois � tapado com areia. Por cima acendem ent�o uma fogueira onde pontualmente v�o abrir uma clareira para, com pancadas secas no ch�o, saberem "se j� está cozido". Convidado para inaugurar oficialmente a feira agr�cola, o presidente eleito, Xanana Gusm�o, visita quase tudo, sujando as m�os para enterrar um pequeno p� de bananeira que depois cobre com "adubo natural, feito de casca de caf�". "Estamos num estado de transi��o. Inclusive das mentalidades, da cultura, da viv�ncia di�ria, dos comportamentos. � bom que estas iniciativas fa�am acordar as consci�ncias", afirma Xanana em declarações � Lusa. Defendendo a realiza��o anual de um evento semelhante, Xanana Gusm�o atribui grande parte da responsabilidade do desenvolvimento �s pequenas e médias empresas e � sociedade civil. Ainda assim, e no primeiro dos cinco anos em que quer "cumprir o programa" que apresentou na campanha, Xanana Gusm�o promete apoiar a compra e escoamento da produ��o agr�cola (a par da criação de empregos para os jovens) como a "principal prioridade". além de produtos agr�colas, a organiza��o não governamental (ONG) Hasatil – que promove a iniciativa enquadrada nas cerimónias da independ�ncia de dia 20 -, mostra um pouco do mundo rural timorense aos citadinos, reunindo ferramentas, m�todos e tecnologia agr�cola. Cinco dias em que se falar� da produ��o de sementes org�nicas, cultivo em socalcos, aduba��o e pesticidas orgúnicos e de temas como o desenvolvimento sustent�vel, a protec��o dos direitos dos agricultores, a reforma agr�ria e até o +marketing+ de produtos agr�colas. Em Timor-Leste, a maioria da popula��o vive no campo, em pequenas aldeias, dedicando-se � agricultura e recolha de produtos da floresta, com mais de 70 por cento da popula��o a viver da produ��o agr�cola, essencialmente de subsist�ncia e familiar. At� 15 de Maio os habitantes de D�li podem ver como �.
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