Há 2 semanas a ADACO denunciou em nota pública, o baixo preço na produção de milho e a sua falta de escoamento .
A situação agravou-se drásticamente porque:
1 – O preço do milho na produção há 2 semanas era de 225€ ton. e agora não ultrapassa só 220€; Há um ano era vendido a 235€/tonelada ou seja o produtor chega a perder 150€ tonelada de uma ano para o outro.
2 – Os Industrias da compra do milho estão a recusar receber milho nacional, pois quando contactados dizem que estão a abarrotar de milho; isto acontece fruto das importações principalmente do Brasil de milho mais barato.
Exemplo disso é a Lusiaves, maior consumidor de milho a nível nacional, que não está a comprar o milho seco nas Cooperativas, abastecendo-se através de milho importado.
3 – Semanalmente estão a atracar no porto de Aveiro 2 barcos com milhares de toneladas de milho importado para abastecer os industriais do milho.
3 – Tudo isto origina que as Cooperativas do Baixo Mondego estão a recusar receber o milho dos agricultores, pois estão a abarrotar sem o conseguirem escoar.. Há cerca de 8000 toneladas de milho por escoar nos Armazéns das 3 Cooperativas Agrícolas do Baixo – Mondego.
4 – Neste momento estão dezenas de milhares de toneladas de milho em casa dos agricultores, que não têm para onde o levar.
Esta situação põem em risco a colheita de milho no Baixo-Mondego, que ronda uma área cerca de 6.000ha .
É escandaloso que estando a produção nacional sem soluções de escoamento o Governo Português permita estas importações.
È urgente que o Governo tome medidas para salvar a produção nacional:
Reclamamos do Governo:
1 – Que crie medidas urgentes para escoamento da produção nacional, a preços minimamente compensadores
2 – Que acione medidas medida para que a partir de 2024 entre Setembro e Dezembro (altura do escoamento nacional)
3 – Que o Governo acione urgentemente os mecanismos Nacionais e Europeus para que a partir de 2024 entre Setembro e Dezembro (altura do escoamento nacional) se façam apenas as importações necessárias de milho, até que a produção nacional seja escoada.
A ADACO – Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra, irá enviar com caráter de urgência uma Exposição dirigida ao Governo, Assembleia da República e Presidência da República, no sentido de terem em conta esta situação de urgência, e a necessidade de tomada de medidas de quem de direito.
Caso não haja resposta positiva, os produtores de milho não irão ficar parados, e irão para a luta na defesa da sua sobrevivência e dos seus.
Fonte: ADACO