Soubemos hoje, que Joel Vasconcelos inica funções como diretor-geral da Lusomorango no próximo dia 18 de setembro.
A sua partida deixa-nos uma sensação dicotómica, por um lado, é bom que siga um projeto que o possa deixar mais satisfeito, pois acredito que se deixa o cargo de chefe de gabinete do ministério, decerto, que não sentiu que tinha o reconhecimento interno que merecia, pois caso contrário, não largaria assim o cargo que ocupava.
Por outro lado, com a partida de Joel para a iniciativa privada, fica um enorme desconforto, quase como se nos sentíssemos órfãos, pois sabemos, não só a APIC, como outros setores interlocutores do ministério da agricultura, que com Joel, eramos ouvidos e acompanhados com o objetivo de resolver os nossos problemas.
Tanto no papel de chefe de gabinete da ministra atual, bem como no cargo de chefe de gabinete dos dois secretários de estado da agricultura, tivemos sempre com Joel, a sensação de haver serviço publico efetivo.
Pois, para que serve o governo? Senão, alinhar-se com os verdadeiros fazedores de riqueza e crescimento de um país? As empresas!
O governo deveria ter um papel de relevo, alavancando a economia, exercendo papel de regulador e normalizador, no sentido de corrigir as disparidades sociais, permitir a inclusão social e promover o crescimento económico de forma proporcional e sustentável.
Por que não o faz?
Porque faltam pessoas capazes, diligentes, governantes e assessores que queiram ouvir os vários setores e que percebam de facto quais são os problemas e que propostas de solução existem, que consultem os setores antes de publicarem legislação que não serve ou que tenham de a reverter ou que não se aplique ou só sirva para prejudicar a iniciativa privada. Daria vários exemplos desta inabilidade típica do governo!
É por esta razão que a saída de Joel nos deixa o tal vazio!
Já eram poucos, muito poucos os que se preocupavam com as empresas!
Agora, ficará a incerteza se o seu substituto terá a capacidade de diálogo entre os interlocutores privados e a administração publica, terá esta enorme capacidade de trabalho e capacidade de dirimir os vários temas, de forma empática como Joel sempre nos mostrou.
Ao ministério agricultura, ficam os votos de que consiga encontrar um chefe de gabinete que, pelo menos, tenha os mesmos valores e princípios de Joel!
Ao Joel, ficam os votos de que continue o seu caminho com o sucesso que merece e com o nosso sentido reconhecimento de ter cumprido o seu dever!
Fonte: APIC