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– 27-11-2004 |
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Sampaio contra "batalhas de protagonismos" no combate a incêndiosBarranco do Velho, Loulé, 26 Nov "O país, visto de longe, é um desastre de recriminação colectiva", sustentou Jorge Sampaio, ao abordar a problemática dos incêndios florestais na localidade de Barranco do Velho, Loulé, em plena Serra do Caldeirão, umas das regiões mais afectadas pelos fogos de 2003. Depois de ouvir queixas quanto à ajuda financeira para a reflorestação das áreas ardidas na Serra do Caldeirão, vindas dos presidentes dos municípios de S. Brás de Alportel e Loulé, Sampaio lembrou que 87 por cento da floresta portuguesa é privada e defendeu a mobilização dos produtores para travar as calamidades que assolam o país todos os anos. "No combate aos incêndios há muita gente que não pode atirar nenhuma pedra porque tem sempre alguma responsabilidade", argumentou o Chefe de Estado no segundo e último dia da quarta ronda das Jornadas do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, dedicada às regiões do Algarve e Alentejo. Na opinião de Jorge Sampaio, as responsabilidades pelos incêndios estão "muito repartidas" e, por isso, deve-se "começar já a trabalhar em algo que vai levar anos a mudar" e acabar com "a noção de que uns são réus e outros são acusadores". "Os incêndios não podem ser sinónimos de novos protagonistas", sublinhou, apelando aos produtores para se organizarem em associações. Depois de constatar que a associação de produtores florestais da Serra do Caldeirão tem apenas 250 sócios para um leque de cerca de 75 mil proprietários, o Presidente da República concluiu que "os portugueses associam-se pouco" e que é preciso inverter a situação actual. Jorge Sampaio considerou necessário olhar para a floresta como "uma riqueza fundamental" e acabar com a situação em que se deixa arder para depois surgirem as lamentações com a desgraça. à comunicação social, Sampaio lançou também um apelo: "dêem mais tempo de antena às associações de produtores e às florestas do que às labaredas". O secretário de Estado das Florestas, Luís Pinheiro, que acompanhou o Presidente na visita à Serra do Caldeirão, garantiu que o Governo tem instrumentos financeiros para apoiar os produtores florestais afectados pelos incêndios, mas salientou que isso só acontecerá se os proprietários se associarem. "O dinheiro virá na condição que as pessoas se associem", assegurou Luís Pinheiro, acrescentando que "a questão financeira não se coloca". Jorge Sampaio e Luís Pinheiro deslocaram-se depois à localidade do Malhão, também na serra, para observar uma zona imensa de área ardida nos fogos do Verão de 2003, e a S. Barnabé, Almodôvar. De manhã, o Presidente da República participou num debate sobre "alterações climáticas, recursos vivos e impactos na orla costeira", na Universidade do Algarve, em Faro, que contou com a presença do ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes, e de vários catedráticos e autarcas. No final do debate, Sampaio defendeu que "o ambiente e a ciência têm de ter mais dotações orçamentais", criticou o "gigantesco laxismo" existente em Portugal em termos de educação ambiental" e desafiou os autarcas algarvios a alterar os regulamentos de construção para obrigar à colocação de painéis solares nas novas casas. "Começar pelo Algarve, que tem todo este sol, era um bom exemplo", defendeu o Presidente da República, salientando que os painéis solares diminuem a factura energética de cada família de forma significativa.
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