O setor da pecuária bovina nacional, no sistema de produção de carne, é suportado quase na sua totalidade pelo regime de exploração extensiva, relevando-se uma forma de produção não agressiva para o ambiente, desde que respeitadas as condições necessárias para o equilíbrio do ecossistema.
Os animais vivem essencialmente em pastoreio permanente, aproveitando os recursos dos vários estratos (herbáceo, arbustivo e arbóreo) para suprir grande parte da sua alimentação volumosa, durante as diferentes fases do ano.
Contudo, em consequência do clima Mediterrâneo e sendo o estrato herbáceo a alimentação base na pecuária extensiva, a escassez da mesma nos períodos de maior rigor, revela a necessidade de procurar alimentos alternativos, como subprodutos industriais, para que esta falta de disponibilidade não interfira drasticamente nos índices de produtividade do rebanho. Em Portugal, a indústria de transformação de tomate é uma das que mais se destaca no setor hortoindustrial, pela sua qualidade e quantidade, podendo tornar-se numa estratégia interessante pela utilização do subproduto resultante – o repiso.