Não se compreendem os ataques recentes a esta proposta, desde logo vindos de quem se esperaria um compromisso com uma luta que nos deveria mobilizar a todas e a todos.
A proposta de Regulamento de Restauro da Natureza é essencial para evitar o colapso dos ecossistemas e prevenir as graves consequências das alterações climáticas e da perda da biodiversidade.
Não se compreendem os ataques recentes a esta proposta, desde logo vindos de quem se esperaria um compromisso com uma luta que nos deveria mobilizar a todas e a todos, de travar os efeitos das alterações climáticas.
Não podem, portanto, deixar de rebater-se os falsos argumentos que têm sido aduzidos para rejeitar esta proposta de regulamento, o que, a acontecer, fará atrasar o processo de restauro da natureza por tempo indefinido, algo absolutamente contraproducente para quem considera que a luta contra a crise climática e de perda da biodiversidade é urgente.
Quanto ao indicador da madeira no solo, vêm com alarmismo dizer que a proposta em discussão obrigará os Estados a não retirar a madeira morta, que se revelará um verdadeiro combustível a favorecer os incêndios. Ora, isto não corresponde à verdade. A proposta de Regulamento o que refere é a necessidade de demonstrar, por via de indicadores, a melhoria da biodiversidade nos Ecossistemas Florestais, entre os quais existe, de facto, na proposta inicial da Comissão, um indicador de madeira morta em pé e outro de madeira morta no solo, a que acrescem outros.
No entanto, a proposta a votação garante que o restauro das nossas florestas, em particular das áreas ardidas, será realizado garantindo a nossa especificidade territorial, e mesmo a percentagem de madeira ardida que possa ficar no solo será calculada, de forma a ser uma garantia de biodiversidade e de permanência de carbono no solo, e nunca de forma a aumentar o risco de incêndio.
Um outro argumento, a que falaciosamente recorrem, relaciona-se com a previsão de “cobrir pelo menos 10% da superfície agrícola com elementos paisagísticos […]