Com o aproximar das eleições europeias (6 a 9 de junho), e tendo em mente a importância e prioridades do regadio, a FENAREG recorda alguns pontos importantes que devem ser verificados nos programas eleitorais:
- A agricultura e a alimentação devem estar no topo da agenda política da
- O regadio é estratégico e, nalgumas zonas, onde Portugal se insere, determinante para a competitividade dos territórios rurais na UE, para a coesão social e territorial, para o combate à desertificação e para a adaptação às alterações climáticas.
- O regadio permite o suporte de um conjunto alargado de sistemas de produção agrícola da UE, garantindo a sustentabilidade económica e o desenvolvimento de determinados territórios, que sem a possibilidade do regadio, se encontravam sujeitos a processos de abandono da atividade agrícola.
- A UE precisa de regadio e os agricultores precisam de políticas públicas da UE que valorizem e apoiem uma agricultura moderna, competitiva e amiga do ambiente, onde o regadio é uma peça chave.
Neste sentido, as políticas públicas da UE devem defender o desenvolvimento e a sustentabilidade do regadio, tendo como prioridade:
- Aumento da capacidade de armazenamento de água: porque as albufeiras existentes no nosso país permitem armazenar apenas 20% do total das afluências anuais.
- Modernização das infraestruturas públicas de rega: porque um terço da área agrícola – 80 mil hectares – incluída em regadios públicos – 244 mil hectares – tem mais 40 anos.
- Investimento na sustentabilidade energética do regadio com base em energias renováveis: perante os elevados custos da energia e com vista à redução da pegada de carbono da agricultura, é prioritário investir em fontes de energia limpas associadas à distribuição de água à agricultura, criando, nomeadamente, comunidades de energia solar no regadio coletivo.
- Garantir fontes de financiamento que assegurem as necessidades de investimento no regadio público a longo prazo: porque o atual financiamento permite apenas cobrir 15% das necessidades de investimento. É prioritário reforçar o financiamento e recorrer aos diversos instrumentos financeiros disponíveis a nível europeu e nacional, articulados numa abordagem
- Investir no regadio privado: este representa 49% da área de regadio nacional, importa por isso garantir recursos financeiros, nomeadamente através do PEPAC, para apoiar a construção e beneficiação de barragens/charcas, realização de furos de captação de água e instalação ou reconversão de sistemas de rega com um foco na melhoria da eficiência e aumento da sustentabilidade energética.
Fonte: FENAREG