É o segundo projeto vitivinícola do casal Artur Gama e Eva Moura Guedes, agora na Beira Interior, com 80 hectares de vinhas em produção biológica. Em 2025 querem produzir 500 mil garrafas e faturar 2,5 milhões de euros
A Quinta do Cardo, em Castelo Rodrigo, na Beira Interior, é o mais recente projeto vitivinícola do casal Artur Gama e Eva Moura Guedes, que têm já a Quinta da Boa Esperança, em Torres Vedras, desde 2015. Decidiram agora alargar horizontes e apostar numa propriedade quase centenária, com 80 hectares de vinha em produção biológica, mas têm consigo outro membro da família, António Mexia. “É um apaixonado por agricultura e convencemo-lo a juntar-se a nós neste que se não é o maior projeto nacional de vinhas biológicas é, pelo menos, o mais antigo”, diz Artur Gama.
A propriedade, que pertencia ao universo Companhia das Quintas, foi adquirida em novembro de 2021, pela Sociedade Agrícola da Gama e pela ALGM, com os sócios apostados em reabilitar as vinhas e o edificado, e em dar-lhe novo fôlego nos mercados internacionais. Jorge Rosa Santos é o enólogo e como feitor mantém-se Ermindo Coelho que soma já 35 vindimas na Quinta do Cardo.
Esta é uma propriedade com 180 hectares no total, dos quais 80 certificados em modo de produção biológica. A área restante contempla uma “extensa reserva” de sobreiros e floresta espontânea e três reservas naturais de água. A existência de um “ecossistema equilibrado e autossuficiente” foi precisamente o que conquistou os novos proprietários.
As primeiras vinhas foram plantadas em 1932 e, sob a atenção da Sociedade Agrícola da Gama, foram já plantados 10 novos hectares, das castas Malvasia Fina, Síria e Fonte Cal. Outros se seguirão, mas ainda estão a ser estudadas as necessidades a esse nível.
“Há vinhas velhas que, obviamente, não são para mexer, como as icónicas Vinha do Lomedo, Vinha do Pombal e Vinha do Castelo, mas, quanto ao resto, temos de […]