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– 15-07-2009 |
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Quercus critica tend�ncia para desviar e cobrir ribeirasA cobertura das linhas de �gua � considerada desadequada mas diversas ribeiras e até tro�os de rios deixaram de correr a c�u aberto devido ao crescimento das cidades, o que os ambientalistas classificam de �desordenamento� do territ�rio. Em Lisboa como no Porto, em Set�bal como na Figueira da Foz, h� cursos de �gua cobertos, apesar de – por serem áreas do dom�nio h�drico – �o acesso dever ser assegurado de uma forma livre, não podendo ser criados obst�culos a essa acessibilidade�, de acordo com o Instituto da �gua. �Acresce referir que a cobertura de uma linha de �gua constitui uma total artificializa��o do meio h�drico, não sendo enquadr�vel nas obriga��es que se colocam em matéria de manuten��o dos recursos h�dricos, nomeadamente as que decorrem da Lei da �gua�, adiantou Paulo Machado, do Instituto, � agência Lusa. Segundo o respons�vel do Departamento de Ordenamento e Regula��o do Dom�nio H�drico do Instituto, �a cobertura de qualquer linha de �gua � considerada desadequada, na medida que constitui uma profunda altera��o do ciclo hidrol�gico e a transforma��o da massa de �gua associada�. �Também � totalmente desadequada a cobertura de uma linha de �gua para permitir a edifica��o�, esclareceu Paulo Machado, alertando que �estas solu��es surgem vulgarmente associadas a situa��es de risco de inunda��es, que ocorrem em virtude de uma altera��o profunda do ciclo hidrol�gico e dos efeitos cumulativos que se verificam ao nível. da bacia hidrogr�fica�. Todavia, os exemplos de ribeiras cobertas são v�rios, de Norte a Sul, como revelaram � Lusa diversos respons�veis da Quercus – Associa��o Nacional de Conserva��o da Natureza. �Ribeiras como a de Alc�ntara, em Lisboa, ou a do Livramento, em Set�bal, tornaram-se nos locais onde grande parte dos esgotos são lan�ados�, afirmou Francisco Ferreira, da direc��o da Quercus. �A Ribeira do Livramento foi, e ainda �, apesar de muito menos, receptora de �guas residuais dom�sticas. Depois de coberta h� algumas d�cadas, funcionou como o colector principal da cidade. Quanto � Ribeira de Alc�ntara, passa-se a mesma coisa, com a diferen�a de haver uma Esta��o de Tratamento de �guas Residuais (ETAR) a tratar esse caudal�, contou Francisco Ferreira. Na opini�o do ex-presidente da organiza��o ambientalista, �aproveitou-se a l�gica geomorfol�gica das cidades e, por gravidade, os esgotos foram parar �s ribeiras, que acabavam depois escondidas sob arruamentos�, sendo uma ocorr�ncia comum nos casos em que as ribeiras estáo perto de rios. �� evidente que este não � o caminho a seguir. Deve-se separar o caudal de �guas residuais dom�sticas e canaliz�-lo para uma ETAR, enquanto as �guas pluviais seguem pelas ribeiras a c�u aberto, devidamente recuperadas, até como factor de valoriza��o paisag�stica�, sugeriu Francisco Ferreira, segundo quem � Também poss�vel �promover o uso dessa �gua para fins como a rega�. Para Ana Barata, Também da direc��o da Quercus, o facto de alguns cursos de �gua serem canalizados para o sistema de esgotos ou cobertos quando os terrenos são necess�rios para a constru��o não �, todavia, uma situa��o indissoci�vel do crescimento das cidades – �deve-se apenas a desordenamento e falta de planeamento�. Um exemplo que menciona � o do Rio Tinto, que nasce em Ermesinde e desagua no Douro, junto � Marina do Freixo, tendo �v�rios tro�os� entubados ao longo dos seus oito quil�metros de extensão. A situa��o deste rio, cujo curso natural foi desviado para libertar terrenos e que tem sido alvo de descargas directas, motivou mesmo a criação do Movimento em Defesa do Rio Tinto, a 18 de Abril de 2006.
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