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– 15-07-2002 |
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Portugal pode vetar proposta da Comissão EuropeiaLisboa, 15 Jul Numa entrevista ao Di�rio Económico, hoje publicada, são destacadas as preocupa��es e cr�ticas que a proposta suscita a Portugal, e que Armando Sevinate Pinto vai apresentar hoje em Bruxelas, no Conselho de Ministros da Agricultura dos Quinze. O ministro admite que a proposta da Comissão tem alguns pontos positivos, mas faz questáo de frisar que, "para uma proposta ser m� basta-lhe ter pontos negativos". Para Sevinate Pinto, o balanão financeiro positivo da PAC � apenas um aspecto do problema, pois "mais importante � os agricultores poderem desenvolver a sua actividade". Contudo, a criação de uma for�a de bloqueio dos países do Sul para encontrarem alternativas a uma proposta que os prejudica � na sua opini�o uma tarefa dif�cil. O ministro não p�e de parte a hip�tese de Portugal vetar a proposta de PAC, mas acha isso vai depender da orienta��o que tomarem as negocia��es no seio da União Europeia. O comissário Franz Fischler, observa, estranha a oposi��o de Portugal � reforma da PAC, mas "não sabe que a agricultura portuguesa vai perder com isto, que regi�es inteiras de Portugal podem ficar em situa��o de não poderem produzir e que as ajudas que recebemos são j� no limiar da sobreviv�ncia, ao contrário do que acontece noutros países", explica. Um dos aspectos negativos da proposta da Comissão � que penaliza todos os agricultores por igual, quando se todos eles forem penalizados em 20 por cento, um agricultor franc�s perde menos que um portugu�s. Outra faceta negativa � o facto de separar as ajudas da produ��o na medida em que as ajudas directas passariam a ser atribu�das a cada agricultor independentemente da produ��o e com base nos montantes recebidos por esse agricultor num período hist�rico anterior, acrescenta o ministro. O que vai acontecer � que cada agricultor vai receber a ajuda que justificou com a sua produ��o dos anos anteriores, "mas quem não tem hist�rico não recebe". "Desta forma estou a perpetuar uma distor��o hist�rica de que eu não gosto" e no fundo, Portugal, "como � mais maltratado do que a Fran�a e a Espanha, continuar� a ser maltratado", adverte. Interrogado sobre os contactos com os outros países que Também se op�em � reforma da PAC, o ministro diz que em rela��o a Espanha "h� margem capaz de assegurar uma boa coopera��o ao longo da negocia��es com a Comissão Europeia". além disso, Sevinate Pinto j� teve uma reuni�o com os respons�veis italianos e hoje mesmo vai encontrar-se com o seu hom�logo franc�s. Sevinate Pinto admite que � dif�cil chegar a uma proposta alternativa comum aos países que se op�em � reforma da PAC. "N�s, agricultores portugueses, não gostamos da PAC, mas não podemos viver sem ela", admite. "Sabemos que h� quatro ou cinco países – até podem ser mais – que se juntaram para acabar com a PAC", designadamente a Su�cia, Inglaterra e Holanda, e Portugal Também fala com esses países, "mas os nossos amigos não estáo a�", acrescenta ainda. Quanto � possibilidade de encontrar uma posi��o comum com os países do norte da Europa, Sevinate Pinto lembra que Portugal Também fala com eles, embora observando: "Os nossos amigos não estáo a�". Questionado sobre se os países do Norte t�m mais possibilidades de fazer vingar o seu ponto de vista, admitiu que para eles a unanimidade � mais f�cil, "querem acabar com a PAC". Por outro lado, os países do Sul "nunca conseguiram chegar até ao fim, a diversidade � t�o grande que no momento em que a Comissão quiser tirar um dos elementos da trincheira pode faz�-lo". Perguntado directamente se pode vetar a PAC, respondeu: "At� ao fim temos de estar sempre dispon�veis para isso. não podemos ter nenhuma impossibilidade psicol�gica nessa matéria". O ministro admite mesmo pedir a ajuda do PS nesta questáo, porque, considera, nesta matéria o Pa�s tem vindo a desgastar-se em rela��o a coisas "perfeitamente te�ricas". "Os nossos agricultores t�m muitos defeitos, mas não são estápidos; e todas as organizações – CAP, Confagri, e penso que Também a CNA – são contra a reforma da PAC. não vejo como o PS vai sair fora disto", observou o ministro, que Também não exclui a possibilidade de pedir o apoio dos euro-deputados.
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