A RUDE – Associação de Desenvolvimento Rural idealizou um projeto pioneiro e inovador que pretende promover as frutas produzidas na Cova da Beira, em particular, as frutas qualificadas (IGP e DOP) produzidas no território, através da criação de um portefólio de experiências turísticas associadas à fileira frutícola. Trata-se de um projeto pioneiro em Portugal, sob o conceito de FRUTITURISMO ou turismo da fruta, que pretende transformar a riqueza frutícola da região numa marca de identidade e de atração turística.
Para esse efeito, o projeto POMAR DA COVA DA BEIRA cocriará um conjunto experiências turísticas distintivas e memoráveis associadas à fruticultura da Cova da Beira, em toda a extensão da cadeia de valor, agregando e valorizando o património, a paisagem e a cultura local e a promoção eficaz dessas propostas de experiências aos segmentos de mercado que mais as valorizam.
O ciclo da produção frutícola apresenta características distintas e paletas diferentes ao longo das suas fases, promovendo cenários diferentes e únicos, que criam oportunidadesdistintas e fontes de inspiração diferenciadas à criação de experiências turísticas. O projeto que conta com o apoio e cooperação dos Municípios de Belmonte, Covilhã e Fundão e da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, mobiliza a comunidade local, os produtores frutícolas, as associações de produtores, os empresários, as empresas de animação turística, as unidades de turismo em espaço rural, a restauração e as unidades hoteleiras da região. O objetivo do projeto é unir esforços para converter-se numa referência no país nos segmentos de turismo rural, agrário, de natureza e sustentável.
A iniciativa inserida na Estratégia de Desenvolvimento Local Cova da Beira 2020, será cofinanciado por fundos europeus durante os próximos dois anos e desenvolver-se-á em torno de 4 eixos de trabalho, sequenciados e interligados entre si, desde o conhecimento do território e da fileira frutícola, o levantamento do seu potencial turístico, ao desenho e estruturação das experiências turísticas, passando pela capacitação e a animação territorial e a comunicação e promoção do destino e das experiências turísticas produzidas.
O projeto responde à nova tendência do comportamento do consumidor turístico, especialmente no pós-pandemia, nomeadamente, a preferência por destinos de baixa densidade, que proporcionem uma experiência em comunhão com a natureza, num ritmo mais lento, vivenciando o estilo de vida e a cultura local, permitindo um maior envolvimento com a comunidade e a desconexão da rotina. Construído em torno de um recurso endógeno e identitário do território, o projeto promoverá uma oferta turística singular e inimitável, que permitirá a diferenciação e a melhoria da competitividade do território, combatendo a sazonalidade turística e fortalecendo a capacidade de atração de visitantes para o território.
O artigo foi publicado originalmente em Rede Rural Nacional.