Países acusam Bruxelas de não defender os interesses dos agricultores europeus, mas a Comissão diz que as distorções do mercado de cereais já estão ultrapassadas.
A Comissão Europeia decidiu na sexta-feira pôr fim à proibição de importação de cereais ucranianos para cinco países do Leste europeu que estava em vigor desde Maio. Acto contínuo, três desses países anunciaram que vão impor as suas próprias restrições.
A Polónia, a Hungria e a Eslováquia já proibiram a importação de vários produtos cerealíferos ucranianos, argumentando que precisam de proteger as produções internas destes bens, uma vez que a entrada maciça de cereais ucranianos nos seus mercados fez descer os preços e prejudicou os produtores locais.
Foi esse motivo que levou a Comissão a adoptar a proibição, que se aplicou ainda à Roménia e à Bulgária até sexta-feira, o último dia em que esteve em vigor, escolhido pelo comissário do Comércio para anunciar o levantamento das restrições. “Neste momento não vemos distorções de mercado nesses cinco Estados-membros, por isso não vamos prolongar a proibição”, disse Valdis Dombrovskis, argumentando que este era “um mecanismo excepcional, não algo que deva estar em vigor por um período ilimitado.”
Viktor Orbán reagiu com indignação. “Os burocratas de Bruxelas estão mais uma vez a fechar os olhos aos problemas dos agricultores europeus”, escreveu o primeiro-ministro húngaro nas redes sociais, segundo o […]