Os vinhos da vida do enólogo de 53 anos, um rol onde os “primeiros” têm importância acrescida.
Será porventura o enólogo mais medalhado de Portugal – os “seus” vinhos somarão, estima, perto de 500 medalhas por ano. Nos gigantes Adega de Pegões e Casa Ermelinda Freitas, mas também num punhado de outros produtores da Península de Setúbal e além-região.
Jaime Quendera cresceu no Poceirão e, diz, “Nasci em vinhos”, para explicar que tanto os pais como os avós trabalhavam no sector. Na Adega de Pegões, onde hoje acumula a enologia e a gestão, começou como enólogo júnior, acabado de formar, em 1994. Para recordar os vinhos da sua vida, o enólogo passa três décadas em revista.
Fontanário Tinto 1994, Adega de Pegões
Comecei a trabalhar em 1994, um ano pouco produtivo, mas de muita qualidade. Este era o nosso melhor vinho, já estagiava em barrica. Era um monocasta de castelão – a gente só tinha castelão aqui. Em 1997, concorremos ao Challenge International du Vin e ganhámos a medalha de ouro – uma das quatro que vieram para Portugal. Na altura, eu ainda nem era enólogo principal (era o João Ramos), mas o primeiro vinho que faço tem logo esta distinção. É o vinho que põe a […]