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– 12-10-2005 |
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ONU / Gripe das Aves: Haver� uma pandemia, falta saber quandoRoma, 11 Out "Vai haver uma pandemia um dia mas não sei quando. Poder� ser moderada, grave ou extremamente grave. não sei quando � que vai acontecer, não sei onde vai acontecer, mas sei que vai acontecer", disse David Nabarro numa confer�ncia de imprensa na sede da Organiza��o das Na��es Unidas para a Agricultura e a Alimenta��o (FAO), em Roma. O respons�vel justificou esta previsão, explicando que o v�rus actualmente em estudo não se transmite aos seres humanos, embora os possa afectar, mas que pode passar a transmitir se sofrer uma muta��o gen�tica, o que � comum nos v�rus de gripe. "Neste momento, estamos a trabalhar numa forma muito patog�nica (do v�rus) que � transmitida, viva, entre animais e que pode afectar os seres humanos mas não se transmite aos seres humanos", explicou. Para isso acontecer, continuou, "o v�rus tem de sofrer uma muta��o gen�tica, o que � muito poss�vel porque os v�rus de gripe sofrem frequentemente este tipo de muta��es". "Os Governos t�m de fazer escolhas muito delicadas e n�s compreendemos que fa�am todos os poss�veis para protegerem as suas popula��es abastecendo-se de vacinas humanas. Mas n�s ainda não conhecemos a composi��o gen�tica do futuro v�rus mutante, pelo que não h� a certeza de que as vacinas armazenadas sejam eficazes" em caso de pandemia, disse David Nabarro. Este respons�vel acrescentou que, quando esse v�rus surgir, "seráo precisos seis meses para constituir uma reserva suficiente de vacinas eficazes". Mas a Hungria, reconhecida internacionalmente pelos progressos da sua ind�stria farmac�utica e que concentrou esfor�os para desenvolver uma vacina para humanos contra a gripe das aves, considera estar perto de a poder produzir. "Daqui a uma ou duas semanas teremos os primeiros resultados dos testes realizados em humanos. Se forem positivos, pode come�ar a produ��o � escala industrial", afirmou hoje o ministro da Saúde h�ngaro, Jeno Racz, que integra o grupo de volunt�rios que aceitaram experimentar um ant�doto para o v�rus H5N1, surgido em Hong Kong em 1997 e respons�vel pela morte de milhões de aves de capoeira e de meia centena de pessoas no sudeste asi�tico. O ministro acrescentou que se o H5N1 sofrer uma muta��o e se tornar transmiss�vel aos humanos, a Hungria será capaz de produzir 500.000 doses por semana durante tr�s meses. A FAO anunciou entretanto que vai precisar que os Governos contribuam com 175 milhões de d�lares (cerca de 145 milhões de euros) para a constitui��o de um fundo internacional de luta contra a gripe das aves". Sobre os casos de patos doentes detectados sexta-feira na Rom�nia, a FAO informou hoje não estar ainda em condi��es de confirmar se se trata do H5N1. Enquanto esperam pelos resultados das análises aos tr�s patos doentes, e apesar de não ter sido detectado nenhum novo foco da doen�a, as autoridades romenas continuam hoje a abater todas as aves de capoeira da regi�o, no delta do Dan�bio, e a recolher amostras para análise em outras aves mortas. Em rela��o � Turquia, onde s�bado foram detectados perus doentes na prov�ncia de Balikesir (noroeste), uma respons�vel da FAO afirmou que se está, muito provavelmente, perante o H5N1. Na Turquia "parece que estamos mesmo a lidar com H5N1, embora precisemos de alguns dias para termos uma confirma��o definitiva", disse Louise Fresco, assistente do director-geral do departamento de agricultura da organiza��o. As autoridades turcas ordenaram rapidamente a coloca��o da zona afectada sob quarentena e o abate de v�rios milhares de aves, para evitar a propaga��o da doen�a, medidas hoje elogiadas pelos principais criadores de aves turcos. Segunda-feira, a Comissão Europeia decidiu proibir a importa��o de aves vivas e penas da Turquia e disse que se mant�m vigilante relativamente � situa��o na Rom�nia. Para o presidente de uma associa��o de criadores de aves turcos que representa 85 por cento da produ��o do país, Zuhal Dastan, esta medida não vai afectar os seus associados, uma vez que "actualmente as empresas turcas não exportam aves, vivas ou sob a forma de carne, para a União Europeia". A decisão europeia vai ao encontro das recomenda��es dos peritos das Na��es Unidas, que sublinham a necessidade de combater a gripe das aves na origem, entre os animais, nomeadamente através "do cumprimento das regras de higiene, da vacinação dos frangos e da r�pida identifica��o das aves doentes". No Reino Unido, país onde oficialmente � baixo o risco de uma epizootia (epidemia entre animais) de gripe das aves, o Governo apelou hoje � vigil�ncia da popula��o, nomeadamente para a notifica��o das autoridades das mortes de aves consideradas suspeitas. O risco � baixo, mas "h� uma possibilidade de haver uma epizootia, pelo que deve haver vigil�ncia", declarou o porta-voz do Ministério do Ambiente, Alimenta��o e Agricultura britúnico, acrescentando que foi criada uma linha telef�nica espec�fica para receber as informações pedidas.
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