O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, lamentou hoje a morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, que considerou uma “perda significativa no período democrático do país”.
“É uma perda significativa no período democrático do país, foi um homem que desempenhou, principalmente enquanto Presidente da República, muito bem o seu papel, dignificando o nome de Portugal e, por isso, é uma perda no espectro político nacional, é uma referência que o país lamenta e, obviamente, que nos solidarizamos com a decisão do Governo de declarar luto nacional”, apontou o líder da CAP, em declarações à Lusa.
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.
Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.
Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.