Portugal “tem uma dívida de gratidão para com os seus agricultores e é uma palavra de estímulo e de carinho que lhes devemos”. Assim falava António Costa há um ano, fazendo questão de “prestar tributo”, ao lado da ministra da pasta, àqueles que tiveram de pôr de lado os seus receios “para que nada nos faltasse e que do prado ao prato tivéssemos sempre uma cadeia de abastecimento permanentemente a funcionar”.
Depois do número de Dr. Jekyll e Mr. Hyde que o primeiro-ministro protagonizou em relação aos agentes do SEF (de heróis a desmantelados) e depois aos profissionais de saúde – aplaudidos quando literalmente não podíamos viver sem eles, e logo abandonados, desprezados, criticados e acusados de terem culpas no desastre do SNS e na falência da Saúde que Marta Temido levou ao coma, suportada na confiança total de António Costa -, não devia surpreender-nos a atitude que toma agora em relação aos agricultores.
Foram bestiais […]