João Joanaz de Melo considera que seria de esperar que fogos desta dimensão voltassem a ocorrer no país, desde a última grande vaga de incêndios que atingiu Pedrógão Grande, em 2017. O professor da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa explica que esta é uma “situação estrutural que dura há décadas, e que tem tendência para se agravar”. “Os motivos estruturais continuam lá”, desde as monoculturas do eucalipto, passando pela ausência de gestão das áreas florestais e do despovoamento do interior, terminando nas alterações climáticas. “Tem-se feito muito pouco”, critica.