O cultivo da planta angiospérmica khat requer um uso desproporcional de água, o que agrava o problema da escassez num país que enfrenta uma grave crise económica e humanitária.
No Iémen, há agricultores que, num comportamento que pode estar a comprometer os recursos naturais de um país vulnerável às alterações climáticas, estão a perfurar o solo para extrair água em profundidade e, com ela, cultivar a planta khat, que é muito popular no país e contém uma substância psicoactiva com um efeito idêntico ao das metanfetaminas.
Mastigar khat é um hábito nesta região e a sua procura é uma das poucas certezas numa nação dilacerada por uma guerra de sete anos, que destruiu a economia local e provocou uma crise humanitária terrível.
Para os agricultores, a planta angiospérmica pode gerar até três vezes mais lucro do que qualquer outra cultura, mas o seu cultivo acarreta problemas ambientais. A planta, de sabor amargo, requer muita irrigação e um uso desproporcional de água, o que exacerba o grave problema que o Iémen enfrenta no que concerne à pouca disponibilidade de recursos hídricos.
A guerra levou à destruição de infra-estruturas hidráulicas, deixando milhões de pessoas sem água para beber ou usar na rega de terrenos agrícolas. O sistema tradicional de cultivo em socalcos foi negligenciado.
Agricultores em Al-Haweri […]