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– 02-08-2002 |
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Melga�o : Homenagem aos "homens do cajado firme" na Branda da AveleiraViana do Castelo, 01 Ago � mais um Dia do Brandeiro, uma esp�cie de homenagem aos pastores que cumpriam a chamada transum�ncia, subindo com os rebanhos e tralha dom�stica � montanha onde permaneciam de Maio a Setembro para retirar partido de melhores pastos e regressando � aldeia quando as chuvas e ventos agrestes prenunciavam o fim de mais um ciclo. Um lenãol, duas mantas, alguns asados (vasos com asas), duas broas, um presunto, dois caba�os e uma chicolateira (recipiente para aquecer �gua) eram tradicionalmente os objectos levados para a montanha pelos "homens do cajado firme", como são conhecidos os brandeiros. Na aldeia de Gave, muitos dos antigos brandeiros come�aram a tomar conta do gado na Branda da Aveleira antes de completarem 10 anos de idade, sendo ainda hoje poss�vel ouvir hist�rias antigas pela voz de �ti� Justino Teresa, de 83 anos, ou de �ti� Jos� Alves Estanqueiro, de 81. Este s�bado, numa organiza��o da C�mara de Melga�o e da Junta de Freguesia de Gave, vai viver-se mais um Dia do Brandeiro, que juntar�, a mais de 1.120 metros de altitude, antigos brandeiros e familiares, para recordar mem�rias e dar continuidade � vida cultural que marcou várias gera��es. Este ano, o "Dia do Brandeiro" tem mais significado, pois 2002 �, por delibera��o da Organiza��o das Na��es Unidas, o Ano Internacional das Montanhas, pelo que a efem�ride servirá Também para avaliar a import�ncia das zonas montanhosas na vida dos povos. Do programa festivo consta, logo pela manh�, a entrada do Grupo de Gaiteiros da Gave, que animar� o dia com sons celtas, seguindo-se pelas 11:00, na capela da branda, a celebra��o de uma missa em mem�ria de todos os brandeiros falecidos. Debaixo do "lend�rio castanheiro", localizado no recinto da capela da Nossa Senhora da Guia, teráo lugar várias cerimónias com interven��es das autoridades concelhias e individualidades que se t�m dedicado ao estudo da Branda da Aveleira, publicando o livro "Olhares Multidisciplinares", que trata a riqueza arqueol�gica, geol�gica, bot�nica e antropol�gica daquele territ�rio singular. Apresentada o ano passado, esta obra � assinada por Armando Moreira e Farinha Ramos, ge�logos do laboratério do Instituto Geol�gico e Mineiro, Eduardo Jorge Lopes da Silva, do Grupo de Investiga��o Arqueol�gica do Norte, Jo�o Gon�alves da Costa, investigador de Bot�nica, Jos� Rodrigues Lima, investigador das Ci�ncias Sociais, e Jos� Maria Rodrigues, presidente da Junta de Freguesia de Gave. Durante a tarde realizar-se-� uma visita guiada � branda, dando aten��o �s sete antigas cardenhas que foram recuperadas e postas ao servi�o do turismo rural, num investimento privado que ascendeu a 260 mil euros, enquanto o da C�mara, que arranjou os acessos com cal�ada portuguesa, ascendeu a 50 mil euros. A Branda da Aveleira � constitu�da por cerca de 80 casas, denominadas cardenhas, todas muito r�sticas, de sobrado e corte t�rreos, que formam um conjunto �mpar não s� pela sua beleza e tipicidade como Também por serem de f�cil acesso. Segundo Rui Solheiro, presidente da C�mara de Melga�o, a amplia��o da oferta tur�stica do concelho, através do aproveitamento de uma casa r�stica pr�pria do meio rural, foi um dos principais objectivos da recupera��o destas casas. "O turista tem oportunidade de passar umas f�rias tranquilas, a cerca de 1.100 metros de altitude e em contacto com a vida simples da aldeia, além de se poder deliciar com uma espectacular paisagem e com uma variedade gastron�mica de fazer crescer �gua na boca", sublinhou o autarca. Outros objectivos desta interven��o foram a recupera��o e salvaguarda de um rico patrim�nio arquitectúnico popular que corria s�rios riscos de perda, a preserva��o e reanima��o do mundo rural e a criação de instrumento gerador de riqueza não s� para o promotor como para a popula��o em geral.
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