O município de Manteigas desativou o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil que tinha ativado após a chuva intensa que arrastou terras e detritos das áreas ardidas da serra da Estrela para a freguesia de Sameiro.
O presidente da Câmara Municipal de Manteigas, Flávio Massano, informou, num comunicado publicado na segunda-feira na página da internet da autarquia, que, naquele dia, desativou o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil que tinha sido ativado na madrugada do dia 13.
Segundo a nota, o autarca desativou o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil “atendendo a que foram restabelecidas as condições mínimas de normalidade na área afetada pelo movimento de massas na povoação de Sameiro, estando neste momento garantida a segurança da população”.
Na madrugada do dia 13, a freguesia de Sameiro foi fortemente afetada pela intensidade da chuva, que arrastou terras e detritos das áreas ardidas da serra da Estrela para o centro da aldeia.
A força da corrente também arrastou lama, cinza e árvores de grande porte, que danificaram vários equipamentos públicos, a rede de água e saneamento, muros, infraestruturas e piscinas e também propriedades privadas.
Naquele dia, a autarquia de Manteigas, no distrito da Guarda, ativou o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil “na sequência do movimento de massas que ocorreu na localidade de Sameiro e que causou a obstrução da ribeira que atravessa a povoação, com elevados danos a registar”.
Segundo Flávio Massano, os prejuízos causados pela chuva intensa que afetou aquela freguesia serão superiores a um milhão de euros.
O levantamento dos prejuízos ainda está a ser feito e deverá estar terminado no fim desta semana, sendo que a estimativa já aponta para mais de um milhão de euros, incluindo a componente pública e privada, disse o autarca, no sábado, após uma reunião que a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, promoveu com os autarcas dos concelhos afetados pelo fogo da serra da Estrela para lhes apresentar as medidas que foram aprovadas e que serão detalhadas numa resolução do Conselho de Ministros, que deve ser publicada ao longo da semana.
Naquele dia, a governante também passou pela freguesia de Sameiro, verificando o grau de destruição e os trabalhos que ainda decorriam no local.