A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) apelou esta quinta-feira ao Governo para que preste apoio imediato aos agricultores de Trás-os-Montes e Alto Douro que foram afetados por duas semanas de temporal, com aguaceiros fortes e granizo.
Apesar das enxurradas terem destruído várias infraestruturas, foi na agricultura que se verificaram os maiores prejuízos, que segundo a CAP ascendem a milhões de euros. Seis mil hectares de vinha, outros mil de olival, 650 hectares de fruta e centenas de hortas foram destruídos pelo granizo e pela chuva intensa.
Os concelhos mais afetados pelo temporal foram os de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mêda, Murça, Sabrosa, Vila Flor e Vila Nova de Foz Côa. É para estes sete municípios que a CAP pede ajuda imediata do Governo.
“O que pedimos são apoios na medida da recuperação do capital produtivo. Há medidas que podem ser abertas de forma a compensar os agricultores por estes prejuízos”, apela Francisco Pavão, vice-presidente da CAP.
A maior parte dos agricultores não tem seguros porque, dizem os empresários do setor, os custos elevados não compensam. Por isso, a CAP defende ainda que o sistema de seguros seja revisto de forma a torná-lo mais acessível.