Para reverter a tendência e evitar que 2022 entre na lista dos três anos mais secos desde 1931 em território continental, o IPMA frisa ao JE que “teriam de ocorrer em março e abril valores de precipitação muito superiores ao normal, que só ocorrem em 20% dos anos”. A titulo de exercício, refere o IPMA, “seria necessário, em termos médios, aproximadamente 300mm de precipitação até final de maio”.
Desde que há registos consolidados relativos ao índice de seca meteorológica, é possível identificar que estas situações são usuais em Portugal continental. O período que o país enfrenta agora, embora seja alarmante e tenha resultado na tomada de medidas e apelos por parte do Governo, não é o primeiro nem foi o mais intenso desde de que há registos, esclarece o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) ao Jornal Económico.
Analisando as secas meteorológicas ocorridas em território continental, o IPMA destaca os períodos de de 1943 a 1946, 1948 a 1949, 1964 a 1965, 1974 a 1976, 1980 a 1983, 1990 a 1992, 1994 a 1995, 1998 a 1999, 2004 a 206, 2012, 2018, 2019 e o deste ano sendo que à data, e em comparação com período homólogo (fevereiro), os anos em em que se registou uma situação de severidade muito elevada foram em 1999, 2022, 2005 e 1945 respectivamente.
Quanto ao período de seca mais longo, o IPMA recorda o período entre 1943 e 1946, como sendo a mais duradoura dos últimos 65 anos. Em segundo lugar, surge o período de seca entre 1990 a 1992 e, por fim, o de 1980 e 1981 e a de 2004 a 2006, que foram as terceiras mais longas desde 1941 — neste último período, 100% do território foi afetado e foi também a altura de seca mais intensa uma vez que se registaram “meses consecutivos em seca severa e extrema”, explica o IPMA.
Questionado sobre se 2022 poderá integrar este pódio, o IPMA […]