Estudo na Nature revela que a evolução foi travada por alterações climáticas, espécies invasoras ou poluentes emergentes, como fármacos e microplásticos.
Um estudo internacional publicado na revista Nature que contou com a participação de investigadores portugueses concluiu que apesar das tendências positivas dos anos de 1990, a partir de 2010 a recuperação da biodiversidade dos rios europeus estagnou.
De acordo com especialistas citados pela Universidade de Coimbra (UC), os aumentos verificados na biodiversidade de cursos de água europeus “ocorreram principalmente antes da década de 2010 e, desde então, estagnaram”.
“Os ganhos em biodiversidade nas décadas de 1990 e 2000 refletem a melhoria da qualidade físico-química da água, devido à implementação de sistemas de tratamento mais eficazes e projetos de reabilitação ou restauro ecológico. Já a desaceleração na recuperação da biodiversidade ribeirinha da década de 2010 mostra que as medidas atuais não são suficientes, traduzindo-se cada vez menos em resultados positivos na recuperação da biodiversidade”, explicou Maria João Feio, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
Maria João Feio participou com Manuel Graça, investigador, no estudo agora […]