INE: Produção de cereais de Outono – Inverno com menos 1/5 da produ��o de 2009 � uma das mais baixas das últimas d�cadas
As previs�es agr�colas, em 31 de Julho, apontam para uma campanha cereal�fera com produ��es excepcionalmente baixas, resultado da diminui��o das áreas semeadas e das produtividades. As perspectivas para a fruticultura Também não são animadoras, prevendo-se quebras de 30% nos pomares de macieiras e pereiras e 15% nos pessegueiros. Apesar dos atrasos verificados nas sementeiras e da redu��o das áreas, as culturas de Primavera/Ver�o apresentam um desenvolvimento vegetativo relativamente normal para a �poca.
O m�s de Julho caracterizou-se, em termos meteorol�gicos, por tempo seco e muito quente, com as ondas de calor da primeira e última semana do m�s a fazerem subir os term�metros frequentemente a valores acima dos 40� C.
Estas condi��es estivais permitiram a normal realiza��o das tarefas pr�prias da �poca, das quais se destacam a ceifa dos cereais, o enfardamento das palhas e de alguns fenos e a colheita da fruta.
Os prados beneficiaram da precipita��o ocorrida nos meses anteriores continuando, mesmo no caso das pastagens pobres de sequeiro, a exibir alguma matéria verde que, juntamente com os restolhos dos cereais entretanto debulhados, tem permitido, na maioria das unidades produtivas, a auto-sufici�ncia alimentar do efectivo em pastoreio. Presentemente, a produ��o de fenos e silagens, � qual se juntam as palhas enfardadas, encontra-se armazenada estando a sua administração, bem como a das ra��es industriais, circunscrita praticamente ao efectivo estabulado, gestante e em lacta��o.
A superf�cie de milho de regadio mant�m-se nos 88 mil hectares pelo segundo ano consecutivo A superf�cie de milho de regadio dever� rondar os 88 mil hectares, valor id�ntico ao de 2009 e o mais baixo das últimas duas d�cadas. Para esta situa��o contribu�ram os valores pouco atractivos pagos aos produtores, bem como as dificuldades observadas na realiza��o dos trabalhos de sementeira, consequ�ncia da satura��o h�drica dos solos causada pelas elevadas precipita��es acumuladas. A maior parte dos campos de milho apresenta um bom estado vegetativo, embora o intenso calor tenha provocado algumas situa��es de abortamento da flora��o e, nos estados fenol�gicos mais adiantados, dificuldades no enchimento da espiga até � extremidade, o que poder� vir a ter consequ�ncias na produtividade. De referir ainda que a disponibilidade de �gua tem satisfeito as necessidades de rega, que t�m sido mais exigentes que o normal, obrigando a um maior n�mero de regas.
Milho de sequeiro e arroz apresentam um desenvolvimento vegetativo normal Apesar do intenso calor registado durante o m�s de Julho não ter, de um modo geral, beneficiado as culturas arvenses de sequeiro, as condi��es climatéricas registadas ao longo do ciclo vegetativo do milho de sequeiro, t�m favorecido o normal desenvolvimento da cultura, pelo que se prev�em produtividades na ordem dos 1 570 kg/ha, o que corresponde a um aumento de 5%, face 2009. O arroz apresenta um estado vegetativo normal, não se prevendo altera��es no rendimento unit�rio.
Encharcamento dos solos nalgumas regi�es condiciona a produtividade da batata de regadio Na batata de regadio o encharcamento observado em alguns terrenos atrasou as plantações e impediu o eficaz controlo das infestantes, condicionando o desenvolvimento dos tub�rculos e consequentemente a produtividade da cultura, perspectivando-se assim uma ligeira quebra da produtividade (-5%), face a 2009.
decréscimo na produtividade do tomate para a ind�stria (-5%) As previs�es de produtividade para o tomate para a ind�stria são ainda prematuras, uma vez que devido �s condi��es de encharcamento a que os solos estiveram sujeitos, as plantações realizaram-se mais tarde e estenderam-se por um período consider�vel, prevendo-se que cerca de 60% da produ��o venha a ser colhida entre Setembro e Outubro. Desta forma as actuais previs�es apontam para a manuten��o da produtividade face � campanha anterior. O girassol apresenta, de um modo geral, um desenvolvimento vegetativo normal, pelo que não se prev�em altera��es no rendimento unit�rio, relativamente � campanha anterior.
Problemas na flora��o determinam quebras acentuadas nos pomares de pron�ideas e pom�ideas Nos pomares de pessegueiros a flora��o e o vingamento do fruto foram prejudicados por geadas tardias que, associadas a problemas fitossanit�rios, designadamente ataques de lepra, condicionaram a produtividade, prevendo-se assim uma quebra de 15%. Nos pomares de pom�ideas (ma�� e pôra) foi a precipita��o ocorrida na flora��o que provocou a acentuada queda de flores e prejudicou o vingamento dos frutos, contribuindo decisivamente para as quebras de produtividade (-30%), face � campanha anterior. De referir que no caso da pôra, a quebra face � média do �ltimo quinqu�nio � de apenas 2%, devido � produ��o excepcional verificada em 2009.
Quebra de produtividade nas amendoeiras Nas amendoeiras os frutos estáo completamente formados e a casca exterior está aberta, pelo que a colheita será iniciada em breve. As expectativas não são, no entanto, as melhores prevendo-se uma quebra de produtividade na ordem dos 25%.
A produ��o de cereais de Outono/Inverno saldou-se como a mais baixas das últimas d�cadas A colheita dos cereais praganosos de Outono-Inverno está praticamente conclu�da. As produ��es foram das mais baixas das últimas d�cadas, em resultado da acentuada diminui��o das áreas semeadas e das quebras de produtividade. Para este facto, contribuiu o alagamento dos terrenos que impossibilitou a realiza��o das aduba��es de cobertura e das mondas qu�micas, o que originou a conjuga��o da car�ncia de nutrientes com uma elevada presença de infestantes. De salientar ainda que devido � baixa produ��o e � m� qualidade do gr�o, muitas searas não foram ceifadas, tendo sido fenadas e/ou pastoreadas.
Quebra na produ��o de batata sequeiro ronda os 20% A produ��o de batata de sequeiro dever� registar uma quebra de 20%, resultado quer da diminui��o das áreas plantadas devido �s intensas chuvas de Fevereiro e Março, quer das quebras de produtividade, apresentando os tub�rculos, de um modo geral, calibres reduzidos.
Climatologia em Julho de 2010 Segundo o Instituto de Meteorologia, o m�s de Julho registou o 3� valor mais alto de temperatura média desde 1931e foi o mais seco dos �ltimos 24 anos.
Fonte: INE
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Agronotícias (22/07/2010) – INE: Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Julho de 2010
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Agronotícias (22/06/2010) – decréscimo da produtividade dos cereais de Outono / Inverno e quebra de 30% nos pomares de cerejeiras
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