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– 18-08-2011 |
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INE: Produção de cereais de Outono/Inverno � uma das mais baixas de sempreAs previs�es agr�colas em 31 de Julho apontam para aumentos de produtividade da pôra e da ma��. Em contrapartida, confirma-se a quebra de produ��o dos cereais de Outono/Inverno, que dever� ficar abaixo das 180 mil toneladas, produ��o que s� tem paralelo com a registada aquando da seca de 2005. Também para a vinha as perspectivas são negativas, com os intensos ataques de m�ldio, ocorridos ao longo do ciclo vegetativo, a fazerem prever diminui��es de produtividade na ordem dos 25%. No tomate para a ind�stria prev�em-se igualmente redu��es nos rendimentos unit�rios (-10%).
O m�s de Julho caracterizou-se, em termos meteorol�gicos, por valores de temperaturas do ar ligeiramente abaixo dos normais e pela quase aus�ncia de precipita��o. Foi ainda particularmente notado o vento forte que se fez sentir ao longo de todo o m�s, em particular no litoral oeste e nas terras altas. Estas condi��es atmosf�ricas, em especial a ocorr�ncia de vento forte, provocaram o aumento dos n�veis de evapotranspira��o com a consequente diminui��o da efici�ncia da rega, obrigando ao aumento da sua frequ�ncia. De referir contudo que, face �s elevadas disponibilidades h�dricas que a intensa precipita��o dos meses anteriores proporcionou, não se registaram constrangimentos assinal�veis no abastecimento de �gua de rega �s culturas. A maioria das explora��es pecu�rias tem privilegiado a utiliza��o das pastagens, dos restolhos dos cereais, das palhas e das silagens de forragem na alimenta��o do seu efectivo animal, estando o consumo de ra��es industriais restrito a regimes de produ��o mais espec�ficos, nomeadamente em unidades de produ��o leiteira ou de animais de recria. Superf�cie de milho de regadio aumenta ligeiramente As dificuldades sentidas na instala��o desta cultura nos terrenos mais sujeitos a encharcamento foram entretanto ultrapassadas, havendo, contudo, ainda uma área significativa de milho cuja colheita previsivelmente se arrastar� pelo Outono, com os potenciais contratempos inerentes � realiza��o desta opera��o numa altura em que a possibilidade de ocorr�ncia de precipita��o � elevada. Desta forma, e apesar do elevado custo dos factores de produ��o, observa-se um ligeiro aumento da área de milho de regadio face ao ano transacto (+5%). Milho de sequeiro com aumento de produtividade As condi��es favor�veis ao desenvolvimento do milho de sequeiro, designadamente o teor de humidade do solo que se manteve elevado nas fases mais cr�ticas do ciclo vegetativo desta cultura, contribu�ram para um aumento de produtividade na ordem dos 10%. Em contrapartida, para o arroz não se prev�em altera��es no rendimento unit�rio nem nos padr�es de qualidade. Batata de regadio mant�m rendimento unit�rio O desenvolvimento da batata de regadio decorreu com normalidade apresentando a cultura, � excep��o de algumas áreas onde ocorreram ataques pontuais de m�ldio, um bom aspecto vegetativo. Desta forma, as perspectivas apontam para a manuten��o da produtividade obtida na campanha anterior, ligeiramente abaixo da média do �ltimo quinqu�nio. Produtividade do tomate para a ind�stria baixa 10% A intensa precipita��o ocorrida no in�cio da campanha do tomate para a ind�stria, para além de ter impedido o normal desenrolar das opera��es de prepara��o dos terrenos e plantação da cultura e de ter obrigado, em alguns casos, a replantações (que se estenderam até meados de Junho), causou ainda danos em algumas searas, se bem que, na maioria dos casos, não t�o penalizadores como se chegou a recear. As actuais previs�es apontam para uma produtividade que rondar� as 76 toneladas por hectare, valor que representa uma quebra de 10% face a 2010. Presentemente as principais preocupa��es dos produtores prendem-se com a possibilidade de ocorr�ncia de calores intensos ao longo do Ver�o (com consequ�ncias negativas para a flora��o das plantações mais tardias) e com o facto de uma área significativa desta cultura ter a sua colheita prevista para finais de Setembro e princ�pios de Outubro, com todos inconvenientes que da� poder�o advir. Quanto ao girassol, não se prev�em varia��es do rendimento face ao ano anterior. Boas perspectivas para a pôra e para a ma�� A poliniza��o e o vingamento dos frutos nos pomares de macieiras e pereiras decorreu normalmente, tendo sido excepcional em algumas zonas da regi�o Oeste, obrigando, inclusivamente, � realiza��o de mondas de frutos mais intensas, em particular, nos casos em que não se verificou a queda natural do excesso de frutos. Desta forma, e apesar de alguns problemas fitossanit�rios, nomeadamente ataques de pedrado, prev�-se que a produtividade da pôra atinja as 19,4 toneladas por hectare (24% acima da média do �ltimo quinqu�nio) e a da ma�� as 13,7 toneladas por hectare (+10% face a 2010). Nos pomares de pessegueiros, os fortes ataques de lepra e moniliose causaram preju�zos, em particular nas variedades mais tardias e sobretudo na regi�o Oeste, condicionando as produtividades, que dever�o registar quebras na ordem dos 10% face a 2010. M�ldio condiciona severamente as produtividades das vinhas As condi��es climatéricas observadas ao longo do ciclo de desenvolvimento da vinha, em especial durante os meses de Abril e Maio (com a conjuga��o de temperaturas, precipita��o e humidades relativas elevadas), foram altamente favor�veis ao desenvolvimento de doen�as criptog�micas, sobretudo do m�ldio, que se instalou em muitas vinhas numa fase em que esta cultura � particularmente sens�vel a estes ataques. A intensidade dos preju�zos dependeu, entre outros factores, da susceptibilidade das castas � doen�a e da oportunidade e efic�cia dos tratamentos fitossanit�rios realizados, sendo que em muitos casos a produ��o ficou irremediavelmente perdida. Assim, prev�-se uma redu��o de 25% no rendimento unit�rio nas vinhas para vinho e de 10% nas vinhas para uva de mesa. Am�ndoa: campanha decorre com normalidade Com a colheita prestes a iniciar-se, constata-se que as condi��es climatéricas favor�veis ocorridas na altura da flora��o e vingamento do fruto beneficiaram o desenvolvimento da am�ndoa, pelo que se prev� um aumento significativo da produtividade (+15%) face � campanha anterior. Produção de cereais de Outono/Inverno atinge mais um m�nimo hist�rico Encontra-se j� praticamente conclu�da a colheita dos cereais praganosos de Outono/Inverno. As produ��es confirmam as fracas expectativas previstas ao longo da campanha, com quebras face a 2010 que atingem os 25% no trigo mole, trigo duro, triticale e cevada e os 20% na aveia. Estas redu��es são consequ�ncia da diminui��o das áreas semeadas e da quebra das produtividades originada pelas condi��es climatéricas extremamente adversas que se verificaram ao longo da campanha, nomeadamente o excesso de precipita��o que condicionou o acesso �s searas (atrasando ou impedindo a realiza��o de aduba��es e mondas) e provocou situa��es de acama. De referir ainda que a baixa produ��o e m� qualidade do gr�o fez com que muitos agricultores optassem pelo corte para feno ou mesmo pelo pastoreio das searas. O centeio constituiu a excep��o a esta tend�ncia, prevendo-se a manuten��o da produ��o face ao ano anterior. Batata de sequeiro regista quebra de produ��o A produ��o de batata de sequeiro foi afectada pelos intensos ataques de m�ldio e alternariose, em particular nas zonas em que o teor de humidade do solo foi muito elevado, situa��o que pode propiciar o desenvolvimento destas doen�as e simultaneamente dificultar o acesso das m�quinas aos campos para a realiza��o dos tratamentos fitossanit�rios. A produ��o desta campanha dever� rondar as 31 mil toneladas, menos 10% que em 2010. A qualidade dos tub�rculos colhidos � boa, havendo no entanto uma elevada quantidade de batatas de baixo calibre. Nos casos em que se manifestaram os ataques de m�ldio e alternariose existem preocupa��es acrescidas relativamente � capacidade de conserva��o dos tub�rculos. Cereja com campanha aqu�m das expectativas A produ��o de cereja, apesar de ter aumentado 30% face a 2010, situando-se um pouco acima da média do quinqu�nio 2006-2010, não traduz, contudo, um cen�rio propriamente animador uma vez que, � excep��o de 2006, os �ltimos anos t�m apresentado valores de produtividade muito abaixo do normal. De referir ainda que o vingamento dos frutos foi particularmente elevado, mas por diversas raz�es (deteriora��o do fruto na fase de matura��o, baixo calibre ou fraca procura de determinadas variedades) alguma produ��o não foi colhida. Fonte: INE
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