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– 21-06-2012 |
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INE: Precipita��o atenua quebra do rendimento dos cereais de Outono/Inverno mas prejudica cerejaAs previs�es agr�colas do INE, em 31 de Maio de 2012, apontam para quebras nas produtividades dos cereais praganosos, relativamente amenizadas pelas chuvas dos �ltimos dois meses. Ainda assim, as redu��es do rendimento dever�o variar entre os 15% na cevada e os 30% no triticale. Também na cereja se perspectiva uma diminui��o na produtividade, mais evidente nas variedades precoces, e que rondar� os 15%. As sementeiras/plantações das culturas de primavera/ver�o t�m decorrido com normalidade, prevendo-se a manuten��o das áreas de milho, arroz e girassol, e redu��es no tomate para a ind�stria e batata de regadio.
O m�s de Maio caracterizou-se, em termos meteorol�gicos, pelas elevadas temperaturas registadas, em particular os valores máximos, que apresentaram desvios acentuados face � normal. Ao longo da 2� e 3� semanas deste m�s ocorreu, em praticamente todo o territ�rio, uma onda de calor (mais de 5 dias consecutivos com a temperatura m�xima do ar superior, em pelo menos 5�C, ao respectivo valor da média da temperatura m�xima di�ria), que se prolongou por 12 dias em algumas regi�es do interior. A precipita��o foi normal para a �poca, concentrada especialmente na primeira d�cada do m�s, e mais abundante nas regi�es do Norte e Centro. Estas condi��es proporcionaram, no plano meteorol�gico, um agravamento da situa��o de seca, face ao m�s anterior. No final de Maio, sensivelmente � do Continente encontravam-se nas classes mais intensas de seca meteorol�gica (44% em seca extrema e 30% em seca severa). As precipita��es ocorridas ao longo do m�s de Abril e no in�cio de Maio contribu�ram para uma recupera��o significativa do aspecto vegetativo dos prados, pastagens e culturas forrageiras. As condi��es de pastoreio melhoraram consideravelmente, aproximando as necessidades de suplementa��o alimentar dos efectivos �s de um ano normal. Os trabalhos de fena��o decorrem com grande expectativa quanto �s quantidades produzidas e � consequente capacidade de repor as reservas de alimentos para os n�veis habituais. A qualidade dos fenos j� recolhidos �, de um modo geral, m�. Sementeiras de primavera/ver�o decorrem com normalidade Os aguaceiros de Abril e Maio promoveram as condi��es favor�veis para a realiza��o das sementeiras, germina��o e desenvolvimento das culturas de primavera/ver�o. As sementeiras decorreram assim com normalidade, embora com algum atraso, devido ao impasse originado pelas condi��es de seca. De um modo geral, não se verificam restrições na disponibilidade de �gua nos per�metros de rega, ao contrário do que acontece em alguns regadios privados a sul do Tejo. Superf�cie de milho para gr�o mant�m-se A cultura do milho tem sido impulsionada nos �ltimos anos pelas novas áreas de regadio do Alqueva e pela tend�ncia de aumento da cota��o, apesar de alguma volatilidade sempre presente nos mercados. No entanto, na actual campanha não se espera um aumento da superf�cie de milho face a 2011, em virtude das menores disponibilidades de �gua verificadas nos regadios privados do Alentejo. As precipita��es e a subida das temperaturas t�m contribu�do para o bom desenvolvimento vegetativo das plantas emergidas. A superf�cie de arroz Também dever� ficar pr�xima dos valores registados na campanha transacta (31 mil hectares). decréscimo na superf�cie de tomate para a ind�stria A superf�cie de tomate para ind�stria dever� registar uma quebra de 10% face a 2011. Para este resultado poder�o ter contribu�do a integra��o do pagamento transit�rio � transforma��o do tomate no regime de pagamento único e as dificuldades sentidas na campanha anterior, quer a nível. agron�mico quer econ�mico. De referir que a maior parte das áreas de tomate para ind�stria encontram-se plantadas, apresentando as pequenas plantas um desenvolvimento normal. Quanto ao girassol, apesar do in�cio tardio dos trabalhos de prepara��o das terras e do consequente atraso na conclusão das sementeiras, prev�-se que a superf�cie semeada de girassol não registe altera��es, face ao ano transacto. área de batata em regime de regadio decresce 5% A melhoria das condi��es de humidade do solo permitiu que a plantação de batata de regadio decorresse sem contratempos, facilitando ainda a regular emerg�ncia das plantas. Face a 2011, prev�-se uma diminui��o de 5% da área plantada com batata de regadio. Chuvas de Abril e Maio aligeiram quebras na produtividade dos cereais praganosos A precipita��o dos dois �ltimos meses permitiu alguma recupera��o no desenvolvimento vegetativo das searas de cereais de Outono/Inverno, sobretudo nas instaladas em solos com maior aptid�o para estas culturas e que foram beneficiadas com aduba��es de cobertura. No entanto, registaram-se muitas situa��es em que o grau de desidrata��o das searas se revelou totalmente irrevers�vel ou em que os produtores optaram por desviar a cultura para a alimenta��o animal, em detrimento da produ��o de gr�o, pelo que se continua a prever quebras consider�veis nos rendimentos destas culturas (-30% no triticale, -25% no centeio, -20% no trigo mole, trigo duro e aveia e -15% na cevada). De referir que o aumento dos teores de humidade do solo favoreceu o desenvolvimento de especies infestantes que inevitavelmente iráo dificultar as ceifas/debulhas e diminuir as produtividades destas searas. Batata de sequeiro com menores produtividades As precipita��es e o aumento da temperatura dos �ltimos meses criaram condi��es favor�veis ao desenvolvimento de doen�as criptog�micas na cultura da batata, nomeadamente do m�ldio, o que obrigou a um refor�o substancial dos tratamentos preventivos. A apanha j� se iniciou em algumas zonas, estimando-se que o rendimento unit�rio seja ligeiramente inferior (-5%) ao registado na campanha anterior. Os tub�rculos apresentam calibres bons a m�dios, os �ltimos com dificuldade de coloca��o no mercado. Variedades precoces de cereja com baixas produtividades A intermit�ncia da precipita��o e as oscila��es t�rmicas tiveram um efeito negativo nas variedades precoces de cereja, que se encontravam em plena fase de matura��o, provocando o fendilhamento de alguns frutos com consequ�ncias na capacidade de conserva��o e comercializa��o. As variedades intermédias e tardias não teráo sido t�o afectadas por estas condi��es atmosf�ricas, pelo que, apesar da quebra face a 2011, se prev� que o rendimento unit�rio desta cultura se mantenha próximo da média alcan�ada no �ltimo quinqu�nio. Os pomares de pessegueiros apresentam um bom aspecto vegetativo. A poliniza��o/vingamento dos frutos foi moderadamente afectada por algumas geadas tardias nas zonas baixas do interior Centro, contratempo que poder� ser compensado pelo maior desenvolvimento dos frutos que vingaram. Ainda assim, prev�-se uma redu��o de 5% na produtividade, face � campanha anterior. Quanto � uva de mesa, os baixos teores de humidade do solo registados por altura da �poca normal de abrolhamento desta cultura conduziram a um atraso, que se tem prolongado ao longo do seu ciclo de desenvolvimento. O aspecto vegetativo � bom mas, apesar da resist�ncia que as vinhas normalmente apresentam aos baixos teores de humidade, � com alguma expectativa que os produtores aguardam pela resposta da cultura a esta adversidade clim�tica, principalmente nos casos em que as vinhas não são regadas. Estimam-se produtividades abaixo do normal dos �ltimos anos, mas ainda assim 10% acima da registada na passada campanha (a pior da última d�cada, severamente condicionada por intensos ataques de m�ldio). Climatologia em Maio de 2012 Os valores da percentagem de �gua no solo, em rela��o � capacidade de �gua utiliz�vel pelas plantas, diminu�ram a partir da segunda d�cada de Maio, encontrando-se, no final do m�s, entre os 50% e 70% na maior parte das regi�es do Norte e Centro e abaixo dos 30% em grandes extens�es do Sul do Continente. Fonte: INE
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