INE: Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Julho de 2010
As previs�es agr�colas, em 30 de Junho, apontam para uma redu��o consider�vel do rendimento unit�rio nos pomares de ma�� e pôra. Também se confirmam, ap�s o in�cio da ceifa, as previs�es de quebra generalizada nas produtividades dos cereais de Outono/Inverno, tend�ncia igualmente observada na batata e no tomate para a ind�stria. Quanto � cereja prev�-se uma diminui��o assinal�vel da produ��o face � campanha anterior.
Em Maio de 2010, o peso limpo do gado abatido e aprovado para consumo foi de 40 265 toneladas, o que representa um aumento de 6,9% do nível. registado em igual m�s do ano anterior. Os caprinos, su�nos e ovinos registaram aumentos do volume de abate de 16,7%, 11,5% e 5,6%, respectivamente. Os bovinos apresentaram um decréscimo de 7,9%.
Em Maio de 2010, o peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo foi de 25 163 toneladas, o que reflecte um acr�scimo de 6,7% face ao m�s hom�logo de 2009. Este resultado � reflexo do maior volume de abate de patos (+30,5%), perus (+10,2%) e galin�ceos (+5,5%), enquanto as codornizes registaram um decréscimo de 15,8%.
A produ��o de frango em Maio de 2010 registou, em volume, um acr�scimo de 9,9% comparativamente ao valor registado em Maio de 2009, com 24 738 toneladas produzidas.
Os ovos de galinha para consumo apresentaram Também um aumento de produ��o de 11,8% relativamente a Maio de 2009, com 7 910 toneladas produzidas.
A recolha de leite de vaca em Maio de 2010 foi de 173 mil toneladas, o que representa uma diminui��o de 2,3% na quantidade recolhida, em rela��o � registada no m�s hom�logo de 2009.
O volume total de produtos l�cteos registou igualmente uma quebra (-3,1%) em rela��o ao m�s hom�logo do ano anterior, sobretudo devido � menor produ��o de leite para consumo, que decresceu 5,8%.
Em Junho de 2010, e quando comparado com o m�s anterior, os maiores acr�scimos do �ndice de pre�os no produtor foram registados na batata (+51,6%), nos frutos (+12,7%), nos su�nos (+7,2%) e as principais descidas nos hort�colas frescos (-22,4%), no azeite (-19,7%) e nos ovos (-5,3%).
Em Março de 2010, e em rela��o ao m�s anterior, registou-se uma subida de 1,7% no �ndice de pre�os de bens e serviços de consumo corrente na agricultura, enquanto que o �ndice de pre�os de bens de investimento se manteve estável.
A quantidade das capturas de pescado efectuadas em Maio de 2010 manteve-se pr�xima da verificada no m�s hom�logo do ano anterior (+0,3%), tendo contudo diminu�do 6,5% em valor.
I – CLIMA
Segundo o Instituto de Meteorologia, a precipita��o acumulada desde 1 de Outubro de 2009 a 30 de Junho de 2010 � superior a 120% em rela��o ao valor m�dio em quase todo o territ�rio, sendo mesmo superior a 150% em quase toda a regi�o Norte, em Lisboa e no Barlavento Algarvio.
II – PRODU��O VEGETAL
II.1- Previs�es agr�colas em 30 de Junho de 2010
O m�s de Junho caracterizou-se, em termos meteorol�gicos, por valores de temperatura média do ar acima do valor normal e por uma precipita��o total pr�xima dos valores m�dios para a �poca. Na primeira e na última semana do m�s registaram-se períodos com temperaturas elevadas, em particular no interior onde os valores da temperatura m�xima ultrapassaram os 30�C. Estas condi��es permitiram um in�cio normal dos trabalhos de ceifa das culturas cereal�feras de Outono/Inverno, bem como do corte, secagem e enfardamento das forragens semeadas. Beneficiando da precipita��o ocorrida nos meses anteriores, os prados e pastagens continuam a apresentar um bom aspecto vegetativo, com uma produ��o de massa forrageira bastante acima da média. Este facto tem permitido que a alimenta��o dos efectivos pecu�rios se realize sem dificuldades e, excep��o feita aos animais de recria e de produ��o leiteira, quase sem recurso a ra��es industriais.
Milho de regadio mais uma vez abaixo dos 90 mil hectares Os atrasos consider�veis nas sementeiras provocados pelo estado de satura��o h�drica que os solos apresentavam, aliados aos baixos pre�os pagos ao produtor na última campanha, fizeram com que a área de milho de regadio se mantivesse pr�xima dos valores observados na campanha anterior (88 mil hectares), a qual registou a menor área semeada desta cultura das últimas duas d�cadas.
Quebra no rendimento dos cereais de Outono/Inverno A maioria dos cereais de Outono/Inverno j� completou o seu ciclo vegetativo. Neste momento estáo a decorrer as ceifas, que confirmam as quebras de produtividade previstas. Efectivamente, a conjuga��o de car�ncias nutricionais com uma elevada presença de infestantes (o estado de alagamento dos terrenos impossibilitou a realiza��o, na altura oportuna, tanto da aduba��o de cobertura como da monda qu�mica) conduziu a rendimentos inferiores aos alcan�ados no ano anterior, com particular destaque para o trigo mole, o triticale e a cevada, que registam quebras de 15%, face a 2009.
Produtividade sobe no milho de sequeiro e mant�m-se no arroz As condi��es climatéricas permitiram um desenvolvimento normal do milho de sequeiro, para o qual se prev�em produtividades na ordem dos 1 570 kg/ha, o que corresponde a um aumento de 5% face ao ano transacto. O arroz dever� manter o rendimento unit�rio id�ntico ao obtido em 2009.
Batata com menor rendimento Apesar do bom aspecto vegetativo dos batatais de sequeiro, com o decorrer da colheita da batata tem-se observado uma elevada percentagem de batata mi�da, o que se repercute negativamente no rendimento unit�rio desta cultura. Na batata de regadio ocorreram frequentemente situa��es em que, devido ao encharcamento dos terrenos, não foi poss�vel combater eficazmente as infestantes, que prejudicaram o desenvolvimento desta cultura. Assim, prev�em-se quebras tanto no rendimento da batata de sequeiro (-15%) como na de regadio (-5%).
Ligeiro decréscimo na produtividade do tomate para a ind�stria As primeiras previs�es relativamente ao rendimento unit�rio das culturas industriais apontam para uma ligeira descida na produtividade do tomate para a ind�stria (-5%) e uma manuten��o do girassol, face � campanha anterior.
Pomares de pom�ideas com quebras acentuadas no rendimento Os pomares de ma�� e pôra dever�o apresentar rendimentos unit�rios muito inferiores aos observados em 2009, com quebras de 30% e 40%, respectivamente. Para este facto contribuiu decisivamente a ocorr�ncia de precipita��o abundante durante todo o Inverno e princ�pios da Primavera o que, para além de ter provocado situa��es de asfixia radicular e de falta de resposta por parte das �rvores aos estámulos (nutritivos, hormonais e f�sicos) que pretendiam contrariar a natural altern�ncia de produtividades, originou Também a queda acentuada de flores e um reduzido vingamento dos frutos. Prev�-se ainda uma ligeira diminui��o (-5%) na produtividade dos pessegueiros face ao ano anterior.
Produção de cereja em baixa As elevadas temperaturas que se fizeram sentir ao longo do m�s aceleraram o processo de matura��o das variedades mais tardias de cereja, fazendo com que, ao contrário do previsto, a campanha não se estendesse mais do que o habitual. As condi��es climatéricas adversas, particularmente a precipita��o verificada na altura da poliniza��o (que provocou um vingamento deficiente) e da forma��o do fruto (causando o seu fendilhamento), originaram uma quebra assinal�vel (-35%) na produ��o, face a 2009. De notar que o aumento da valoriza��o do produto, que seria de esperar face � baixa na produ��o, não correspondeu �s expectativas dos produtores, sobretudo devido ao amadurecimento simult�neo de muitas variedades.
III – PRODU��O ANIMAL
III.1 – Abates
Gado abatido: Quebra no abate de bovinos e aumento nas restantes especies Em Maio de 2010, o peso limpo do gado abatido e aprovado para consumo foi de 40 265 toneladas, o que representa um aumento de 6,9% do nível. registado em igual m�s do ano anterior. Os caprinos, su�nos e ovinos registaram aumentos do volume de abate de 16,7%, 11,5% e 5,6%, respectivamente. Os bovinos apresentaram um decréscimo de 7,9%. No que respeita ao n�mero de animais abatidos registaram-se, no m�s em análise, aumentos de 17,8% nos caprinos, de 8,0% nos su�nos e de 0,8% nos ovinos, enquanto os bovinos tiveram uma quebra de 8,3%, em rela��o a Maio do ano anterior.
Aves e coelhos abatidos: Aumento do volume de abate de todas as especies, excepto codornizes A produ��o de frango em Maio de 2010 registou, em volume, um acr�scimo de 9,9%, comparativamente ao valor registado em Maio de 2009, com 24 738 toneladas produzidas. Os ovos de galinha para consumo apresentaram Também um aumento de produ��o de 11,8% relativamente a Maio de 2009, com 7 910 toneladas produzidas. Em Maio de 2010, o peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo foi de 25 163 toneladas, o que reflecte um acr�scimo de 6,7% face ao m�s hom�logo de 2009. Este resultado � reflexo do maior volume de abate de patos (+30,5%), perus (+10,2%) e galin�ceos (+5,5%), enquanto as codornizes registaram um decréscimo de 15,8%. No que diz respeito ao n�mero de aves abatidas em Maio de 2010, observaram-se, em rela��o a igual período de 2009, acr�scimos para os patos (+17,8%), perus (+4,7%) e os galin�ceos (+2,7%), com a categoria de frangos a registar um aumento de 2,2%, enquanto o n�mero de codornizes abatidas registou uma quebra de 18,5%. O n�mero de coelhos abatidos apresentou um aumento de 6,3%, comparativamente a Maio do ano anterior.
III.2 – Produção de aves e ovos
Aumento da produ��o de frango e de ovos para consumo em Maio de 2010 A produ��o de frango em Maio de 2010 registou, em volume, um acr�scimo de 9,9%, comparativamente ao valor registado em Maio de 2009, com 24 738 toneladas produzidas. Os ovos de galinha para consumo apresentaram Também um aumento de produ��o de 11,8% relativamente a Maio de 2009, com 7 910 toneladas produzidas.
III.3 – Leite de vaca e produtos l�cteos
Quebra na recolha de leite de vaca e no volume total de lactic�nios produzidos em Maio de 2010 A recolha de leite de vaca em Maio de 2010 foi de 173 mil toneladas, o que representa uma diminui��o de 2,3% em rela��o � registada no m�s hom�logo de 2009. O volume total de produtos l�cteos registou igualmente uma quebra (-3,1%) em rela��o ao m�s hom�logo do ano anterior, sobretudo devido � menor produ��o de leite para consumo, que decresceu 5,8%. A manteiga teve igualmente a sua produ��o reduzida em 3,5%. O queijo de vaca manteve a produ��o em rela��o a Maio de 2009 (+0,3%), enquanto os leites acidificados e a nata para consumo registaram aumentos de 13,8% e 9,7%, respectivamente.
IV – �NDICES DE PRE�OS NA AGRICULTURA
IV.1 – �ndice de pre�os de produtos agr�colas no produtor
Em Junho de 2010, e quando comparado com o m�s anterior, os maiores acr�scimos dos �ndices de pre�os no produtor foram registados na batata (+51,6%), nos frutos (+12,7%) e nos su�nos (+7,2%), enquanto que as varia��es negativas do mesmo �ndice se registaram nos hort�colas frescos (-22,4%), no azeite (-19,7%), nos ovos (-5,3%), nos animais de capoeira (-5,1%), nos ovinos e caprinos, nas plantas e flores (ambos com -3,2%) e nos bovinos (-0,5%). Em rela��o ao m�s hom�logo verificaram-se subidas nos �ndices de pre�os da batata (+73,6%), dos hort�colas frescos (+31,9%), dos animais de capoeira (+8,3%), dos su�nos (+4,4%), do azeite (+3,8%) e dos ovinos e caprinos (+2,5%), enquanto que as descidas se registaram nos ovos (-10,4%), nos frutos (-1,9%), nos bovinos (-1%) e nas plantas e flores (-0,8%).
IV.2 – �ndice de pre�os dos meios de produ��o na agricultura
No m�s de Março de 2010, e em rela��o ao m�s anterior, registou-se uma subida de 1,7% no �ndice de pre�os de bens e serviços de consumo corrente na agricultura, enquanto que, em rela��o ao m�s hom�logo, a subida observada foi de 0,8%. No �ndice de pre�os de bens de investimento na agricultura, e Também em compara��o com o m�s anterior, no m�s de Março de 2010 não se registou qualquer varia��o, enquanto que, em rela��o ao m�s hom�logo, a varia��o foi de +0,8%. Nos bens e serviços de consumo corrente utilizados na actividade agr�cola, destacam-se pela sua import�ncia, os alimentos para animais que, em Março de 2010, não apresentaram qualquer varia��o em rela��o ao m�s anterior, enquanto que, em rela��o ao m�s hom�logo, a varia��o observada foi de +0,2%.
V – PESCAS
Manuten��o na quantidade e quebra do valor das capturas de pescado efectuadas em Maio de 2010 No m�s de Maio, a quantidade das capturas de pescado manteve o nível. verificado no m�s hom�logo do ano anterior (+0,3%). � captura de 12 265 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 21 093 mil Euros, valor inferior em 6,5% ao registado em igual m�s do ano anterior. Em Maio, a quantidade de �peixes marinhos� (10 695 toneladas) foi inferior ao do m�s hom�logo de 2009 em 2,5%. Para esta diminui��o contribu�ram as menores quantidades de �tun�deos� (-52,2%), �carapau e carapau negr�o� (-17%) e �peixe-espada� (-2,8%) com 797, 1 301 e 580 toneladas, respectivamente. Pelo contrário, registou-se uma maior quantidade de �sardinha� (+13,5%) e de �pescada� (+26,1%) que atingiram as 4 606 e 256 toneladas respectivamente. O volume de captura de �crust�ceos� durante o m�s de Maio registou uma quebra de 24,5% relativamente a Maio de 2009, não ultrapassando as 185 toneladas, devido principalmente � menor captura de �gamba branca�. Pelo contrário, a captura de �moluscos� registou um aumento de 36,8%, relativamente ao m�s hom�logo do ano anterior, com 1 379 toneladas transaccionadas em lota devido principalmente � maior captura de �polvo� e �choco�. Em Maio de 2010, o pre�o m�dio do pescado descarregado situou-se em 1,66 Euros/kg, com varia��o negativa de 7,8% em rela��o ao m�s hom�logo do ano anterior. O pre�o m�dio dos �peixes marinhos� (1,37 Euros/kg) diminuiu 12,7%, tendo sido determinante para esta quebra o maior volume de �sardinha� capturada, que registou um pre�o m�dio inferior, comparativamente a Maio de 2009. O pre�o m�dio dos �crust�ceos� (9,45 Euros/kg) teve um aumento de 47,0%, para o qual contribuiu significativamente a subida acentuada do pre�o da �gamba branca�. O pre�o m�dio dos �moluscos� que foi de 3,22 Euros/kg, registou uma descida de 5,8%.
Regi�es Aut�nomas: Quebras das capturas de pescado nos A�ores e na Madeira
Regi�o Aut�noma dos A�ores : a quantidade de pescado entrado em lota foi de 846 toneladas, quantidade inferior em 42,2% relativamente a Maio de 2009 devido principalmente ao menor volume de tun�deos (-61,2%), com 359 toneladas. Regi�o Aut�noma da Madeira : a quantidade de pescado transaccionado durante o m�s de Maio foi de 685 toneladas, o que representa uma quebra de 35,5% face ao m�s hom�logo do ano anterior, resultado para o qual contribuiu principalmente o volume inferior de �tun�deos� comercializados (-50,1%), que não ultrapassou as 345 toneladas.
Fonte: INE
|
Apontadores relacionados: |
Artigos |
-
Agronotícias (22/07/2010) – Agricultura: Crise econ�mica faz "voar" produ��o de frango
-
Agronotícias (22/06/2010) – decréscimo da produtividade dos cereais de Outono / Inverno e quebra de 30% nos pomares de cerejeiras
-
Agronotícias (25/03/2010) – INE: Boletim mensal da agricultura e pescas – Março de 2010
|
S�tios |
|
|
[ �cran anterior ] [ Outras notícias ] [ Arquivo ] [ Imprensa ] |
|
|